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Crianças de destaque revelam quais ‘superpoderes’ gostariam de ter

Eles já têm o poder do talento, da perspicácia, da inspiração. Mesmo assim, neste Dia das Crianças, perguntamos a meninos e meninas já conhecidos dos leitores

Crianças de destaque revelam quais ‘superpoderes’ gostariam de ter
Crianças de destaque revelam quais ‘superpoderes’ gostariam de ter

Redação Publicado em 12/10/2016, às 00h00 - Atualizado às 08h23


Reportagem ouviu quíntuplas, baterista e menina que deixou de ser cega.
Leandro, do bordão ‘taca-le pau’, também revelou qual dom usaria em casa.

Eles já têm o poder do talento, da perspicácia, da inspiração. Mesmo assim, neste Dia das Crianças, perguntamos a meninos e meninas já conhecidos dos leitores quais “superpoderes” eles gostariam de ter.

Do autor do bordão “taca-le pau” à menina que só enxergou pela primeira vez aos 2 anos, das cinco irmãs que nasceram no mesmo dia à menor baterista do Brasil, eles revelam em fotos e vídeos o quanto a imaginação infantil pode ser surpreendente.

Leandro, do bordão táca-le pau, gostaria de ser invisível (Foto: Jiovana Beninca/Arquivo Pessoal)

Leandro, do bordão táca-le pau, gostaria de ser invisível (Foto: Jiovana Beninca/Arquivo Pessoal)

Em 2014, Leandro Beninca, então com 9 anos, ganhou fama nacional após narrar uma “corrida” de seu primo Marcos no morro da avó Salvelina, na cidade de Taió, no Vale do Itajaí. Seu bordão “Taca-le pau'” ganhou o Brasil, e Leandro chegou a gravar uma chamada para a Fórmula 1 na televisão.

Mas se engana quem pensa que o menino, prestes a completar 12 anos, gostaria de ter um superpoder relacionado a velocidade. “Invisibilidade”, conta o pequeno narrador, para “em algumas situações não ser visto”.

A mãe, Jiovana Beninca, moradora de Rio do Campo, revela o verdadeiro motivo: “É para fugir de algumas tarefinhas de casa”.

No fim do ano passado, aos 6 anos, a joinvilense Eduarda Henklein conseguiu um recorde nacional: o título de mais jovem baterista do Brasi  Apaixonada pelo instrumento, Duda, como é chamada, contou ao G1 que gostaria de ter “o superpoder de bateria”.

“Esse poder é simples. Quando eu toco uma música, sai um arco-íris. Se eu tocar um som de cada vez, sai uma cor de cada vez. Eu queria ter isso [superpoder] para derrotar o mal e porque as cores são muito legais e divertidas. E também para as crianças que não têm comida e não podem ouvir sons. Queria fazer isso para elas ficarem felizes e se divertirem”, conta Duda, hoje com 7 anos.

João Victor venceu câncer no fígado: 'Queria ser forte como o Hulk' (Foto: Maria dos Santos/Arquivo Pessoal)

João Victor venceu câncer no fígado: ele quer ser forte como o Hulk (Foto: Maria dos Santos/Arquivo Pessoal)

Há dois anos, a história do menino João Victor Loch emocionou o Brasil. Aos 4 anos, ele lutava pela vida e fazia tratamento contra um câncer quando seu destino e o da dona de casa Tatiana Solonca se cruzaram.

Depois de se conhecerem em uma igreja de Palhoça, na Grande Florianópolis, Tatiana descobriu ser compatível com o menino e precisou perder 27 quilos antes da cirurgia. Todo o processo foi mostrado no Fantástico, da TV Globo.

Em alguns momentos, médicos chegaram a achar que o menino não iria resistir. Mas os exames melhoraram de repente, e no dia 20 de agosto de 2014, João recebeu parte do fígado de Tatiana. Em outubro, o menino sofreu uma recaída e voltou a ser internado. Em novembro, ele finalmente recebeu alta.

Hoje, aos 6 anos, o menino vive sob os cuidados da avó e está completamente recuperado. Ele contou que gostaria de ter os superpoderes de Hulk. Assim como o homem verde dos quadrinhos, João Victor quer ser (ainda mais) “forte” e “bravo”.

Em Braço do Norte, no Sul catarinense, tudo é multiplicado por cinco na casa de Sidneia Daufemback, que cria sozinha suas quíntuplas. A mãe precisou deixar de trabalhar fora para se dedicar à rotina com as cinco filhas, e conta com ajuda de um programa do governo estadual para sustentá-las.

Unidas, as meninas de 6 anos são companheiras inseparáveis, até na hora de imaginar o que fariam se tivessem superpoderes (veja no vídeo acima). “Se eu tivesse superpoderes, eu queria um monte de super-heróis, uma casa nova e um monte de brinquedos”, diz a primeira que nasceu, Evelin.

“Se eu tivesse superpoderes eu queria ter uma casa nova, um quarto novo, com muitos brinquedos e um cavalo”, imagina Isadora, a segunda. Poliana também tem um sonho bem parecido com o da irmã: “Eu queria um quarto novo, bem grande, e muitos brinquedos e um cavalo”.

Samanta, que a mãe define como a mais vaidosa, imagina outros presentes: “Se eu tiver poderes vou querer um batom, um brinco, um colar da princesinha Sofia, uma cadeira da Bela Adormecida e uma cadeira da Elza”.

A menorzinha, Vitória, também sonha com presentes.”Eu queria ter uma cadeira da Elza, com uma coroa e uma varinha. E muitos brinquedos”.

Alan gostaria de ter o poder da telecinese (Foto: Isabelle Zabot/Arquivo Pessoal)

Alan gostaria de ter o poder da telecinese (Foto: Isabelle Zabot/Arquivo Pessoal)

Espécie de empreendedor-mirim, Alan Zabot teve uma ideia que transformou a vida de seus pais – eles mudaram de trabalho e embarcaram em uma food bike de brigadeiros em Tubarão, no Sul de Santa Catarina. Tudo pelo sonho que Alan tem de estudar no Canadá.

Aos 11 anos, Alan escolheu como superpoder a telecinese, ou seja, a capacidade instantânea de ir de um lugar para o outro. E não é para ir até o Canadá, não. “Porque poderia ajudar muitas pessoas à distância, levando objetos e alimentos a quem necessita com esse poder, mesmo estando longe”.

Nicolly começou a enxergar aos 2 anos, após uma cirurgia nos EUA (Foto: Daiana Pereira/Arquivo Pessoal)

Nicolly começou a enxergar aos 2 anos, após uma cirurgia nos EUA (Foto: Daiana Pereira/Arquivo Pessoal)

O vídeo em que a pequena Nicolly, de 2 anos, enxerga a mãe pela primeira vez após uma cirurgia nos Estados Unidos emocionou os leitores  em abril. A menina nasceu com uma forma agressiva de glaucoma congênito. Por causa da elevada pressão intraocular, corria o risco, além da cegueira, de precisar ter os olhos retirados.

A persistência dos pais, que largaram tudo para cuidar da filha, ganhou as redes sociais, e a menina conseguiu apoio para passar pelo procedimento no exterior.

Hoje, meses depois da cirurgia, Nicolly “é uma nova criança”, mas palavras no pai, Alexandre Laurenco, morador de Balneário Piçarras. “Ela já está quase andando, dando os passinhos dela. Mexe em todas as coisas, revira o guarda-roupa, vai lá fora, pega a motinho e sai por tudo. Está 100%”, diz o pai.

Com 2 anos e 8 meses, ela ainda está aprendendo a se comunicar (veja no vídeo abaixo). Mas a mãe, Daiana Pereira, não hesita em responder pela filha. “Acho que o maior poder dela hoje é a visão”.

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