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Coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus diz que não descarta reativar hospitais de campanha em SP

O coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus, João Gabbardo, disse neste sábado (12) que o governo do estado não descarta a possibilidade

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Redação Publicado em 12/12/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h13


João Gabbardo disse que reabertura vai depender do que ocorrer nas próximas semanas e defende investimento de recurso em hospitais definitivos. Estado registra 7 mil novos casos da doença por dia, em média.

O coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus, João Gabbardo, disse neste sábado (12) que o governo do estado não descarta a possibilidade de reativar os hospitais de campanha em São Paulo.

“Está já no nosso planejamento, dependendo da ocorrência e do que ocorrer nas próximas semanas, é possível sim, que nós tenhamos que reativar os hospitais de campanha. O ideal é colocarmos mais recursos em instalações que não sejam temporárias, sejam instalações definitivas. Essa é uma prioridade. Agora, se isso não for suficiente, nós vamos ter que partir para os hospitais de campanha sim”, afirmou.

Mais tarde, o governador João Doria (PSDB) também falou sobre a possibilidade de reativação. “Já foi discutido no Centro de Contingência que se houver necessidade da reativação dos hospitais de campanha nós reativaremos.”

A declaração foi dada após a alta nas internações ocorridas nas últimas semanas que aumentou a pressão no sistema de saúde, principalmente nas cidades com menor estrutura para receber os pacientes com Covid-19. Na capital paulista, o governo estadual abriu hospitais de campanha no Ibirapuera e em Heliópolis. O hospital de campanha do Ibirapuera foi fechado cinco meses após sua inauguração. Já o de Heliópolis, na Zona Sul, funcionou por quatro meses.

Em Osasco, na Grande São Paulo, o hospital de campanha que foi desativado em setembro já teve que ser reaberto para atender casos de menor gravidade encaminhados por unidades de saúde. A capacidade é de 70 leitos e tinha 23 ocupados neste sábado. A Prefeitura de Osasco disse que pode ampliar para 300 leitos se houver necessidade.

A cidade tem 65% dos leitos de Unidade de Terapia (UTI) ocupados nos hospitais Antônio Giglio (municipal) e no Regional (estadual. Desde o início da pandemia, Osasco já registrou mais de 23 mil casos da doença e 915 mortes.

O estado de São Paulo vem registrando, em média, 7 mil novos casos por dia. A taxa de transmissão do vírus chegou a 1.3 o que significa que cada cem pessoas infectadas podem contaminar até 130.

Um levantamento feito pela TV Globo mostra que apenas parte da região metropolitana mantém as estruturas emergenciais que foram criadas para enfrentar a pandemia. Pelo menos, nove cidades já desativaram leitos, entre elas, Guarulhos, a maior cidade da Grande São Paulo e que está com uma taxa de ocupação dos hospitais em torno de 80%.

Outras oito cidades mantêm os hospitais de campanha funcionando, entre elas, São Bernardo do Campo, a maior do ABC, que também tem taxa de ocupação em 80%.

Na capital, o secretário municipal da Saúde Edson Aparecido descartou a possibilidade de reativar os hospitais. “Os hospitais de campanha cumpriram um importante papel, salvaram mais de 10 mil vidas. Mas naquele momento, nós não tínhamos estruturas definitivas como nós temos agora. Então, o município de São Paulo não vai reabrir hospitais de campanha”, declarou.

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G1

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