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Conheça a história da busca pelas crianças alemãs sequestradas pelos próprios pais negacionistas de vacinas

Duas meninas, uma de 10 anos, e a outra, de 11, foram levadas ao Paraguai por um casal formado pelo pai de uma e pela mãe da outra criança. Não se sabe o paradeiro dos quatro

crianças alemãs sequestradas
crianças alemãs sequestradas

Redação Publicado em 01/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 08h42


Em 27 de novembro de 2021, uma família de alemães entrou no Paraguai mesmo com problemas na documentação.

O pai, Andreas Rainer Egler, de 46 anos, viajava com sua filha, Clara, de 10, sem a autorização da mãe da menina.

Juntas iam a atual mulher de Andreas, Anna Maria Egler, que também tem uma filha, Lara, de 11 anos, que entrou no Paraguai sem que o pai tivesse autorizado.

As menores foram vistas pela última vez em 19 de janeiro de 2022. Desde então, não se sabe o paradeiro delas e não há mais notícias dos quatro.

A mãe de Clara e o pai de Lara não têm ideia de onde estão suas filhas.

A polícia do Paraguai intensificou as operações de busca, na segunda-feira (30), para encontrar os quatro alemães.

Por enquanto, a principal linha de investigação é que o casal foi viver com as meninas em alguma comunidade antivacinas de sitiantes alemães no interior do Paraguai.

Até agora, a polícia não conseguiu localizar a família (foram distribuídas fotos das crianças e, na folha impressa, pede-se informações sobre seu paradeiro).

As autoridades paraguaias afirmaram que as comunidades alemãs no país não têm sido colaborativas.

O Ministério Público do Paraguai admitiu que já busca os quatro alemães há cinco meses, e que não avançou.

A Defensoria Pública do Paraguai fez um apelo e pediu informações aos cidadãos do país, especialmente nas províncias de Paraguarí, Guairá, Itapúa, Caazapá e Alto Paraná. As autoridades garantiram sigilo aos denunciantes.

Mãe de Clara

Anne Maja Reiniger-Egler, mãe de Clara, uma das meninas, viajou com seu advogado até o Paraguai na esperança de acelerar as buscas por sua filha.

O advogado dela, Stephan Schultheiss, afirma que o caso é um sequestro, e que os adultos que estão com as meninas são requeridos pela Justiça da Alemanha.

G1
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