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Bolsonaro eleva o status do Brasil com suas visitas ao exterior

Antes de falar sobre a importância das visitas que Bolsonaro tem feito ao exterior, preciso comentar a respeito de um aspecto que julgo curioso: ele aprendeu

Bolsonaro eleva o status do Brasil com suas visitas ao exterior
Bolsonaro eleva o status do Brasil com suas visitas ao exterior

Redação Publicado em 12/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 10h58


Antes de falar sobre a importância das visitas que Bolsonaro tem feito ao exterior, preciso comentar a respeito de um aspecto que julgo curioso: ele aprendeu a usar bem o teleprompter. Nas primeiras tentativas, assim que assumiu o governo, ficava totalmente perdido diante do aparelho. Posicionava-se com rigidez, de forma artificial. Não sabia se punha ou tirava os óculos. Truncava as ideias com pausas inadequadas.

Na apresentação que fez em Los Angeles, ao participar da Cúpula das Américas, na quinta-feira, 9, se saiu muito bem na leitura. Até inovou. Segurou algumas folhas com o discurso. Ele lia o texto no aparelho e, de vez em quando, antes de continuar, olhava para o papel, como se estivesse lendo nele. Esse recurso deu a ele ainda mais naturalidade. Se conseguir deter os olhos por cerca de dois ou três segundos nesse contato com o discurso impresso, ficará até melhor. Agora vamos às viagens.

A oposição critica

O presidente Jair Bolsonaro, que sempre foi tratado pela oposição como pessoa tosca e sem traquejo social, demonstrou, nesses quase quatro anos de governo, possuir sensibilidade e senso de oportunidade nas viagens que fez ao exterior.

Por melhor que tenha sido seu desempenho quando se ausentou do país, foi sempre criticado. Na sua visita à Rússia em fevereiro não foi diferente. A oposição o atacou por visitar um país que andava às turras com os Estados Unidos. O motivo dessa pendenga era o iminente risco de conflito entre russos e ucranianos.

Dilema

A situação era delicada, pois se transformara em verdadeiro dilema. Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come. Alguns de seus críticos diziam que, se mantivesse o compromisso, cometeria um erro, já que desgostaria Biden, nosso importante parceiro econômico.

Por outro lado, se cancelasse o encontro, seria antipático com Putin. Nesse caso poderia comprometer o fornecimento dos insumos produzidos por aquela nação, tão necessários para a nossa agricultura, um dos carros-chefe da economia brasileira.

Os opositores ficaram com a faca nos dentes. Era a chance para censurar Bolsonaro qualquer que fosse a sua decisão. O chefe do executivo, tendo em mente o velho ditado – tomada de decisão você acerta ou erra; se não tomar, já errou – foi.

Na hora certa

Não poderia ter decidido de maneira mais acertada. Foi muito bem-recebido pelos russos, não esgarçou o relacionamento com os norte-americanos e garantiu o fornecimento dos fertilizantes. Sua ida àquele país foi cirúrgica. Poucos dias depois de retornar ao Brasil, Putin invadiu a Ucrânia. A viagem certa no momento certo.

Há poucos dias teve de enfrentar mais um desafio. Afirmavam seus desafetos que pelo fato de ter estreito relacionamento com o ex-presidente Donald Trump, Biden não queria saber de se aproximar do Brasil, muito menos de Bolsonaro. Sabendo da importância do nosso país no contexto mundial, principalmente como produtor de alimentos, o presidente brasileiro tinha consciência de que a “Cúpula das Américas” ficaria esvaziada sem a sua presença. Aguardou pacientemente até receber convite de Biden para comparecer.

Os pessimistas erraram

Mais uma vez a oposição fez prognósticos negativos. Os mais pessimistas diziam que Bolsonaro seria desprezado, pois ninguém se aproximaria dele. Erraram. Foi muito bem recepcionado pelo presidente americano, em reunião aberta e privada. No final, embora não pudesse revelar o teor das conversas que mantiveram, saiu entusiasmado, dizendo que o encontro fora excelente.

Durante seu discurso aproveitou para esclarecer informações que chegam ao exterior de maneira distorcida e equivocada, não apenas pela comunidade estrangeira, mas também, e principalmente, infelizmente, pelos próprios brasileiros.

Mostrou a verdade

Falou que 84% da Amazônia está intacta. Lembrou que temos uma agropecuária sustentável, desenvolvida com alta tecnologia, em apenas 27% do nosso território, com a melhor produtividade do mundo. Afirmou que garantimos a alimentação de um sexto da população mundial. Ressaltou que possuímos a matriz energética mais limpa e diversificada de todas as nações – 85% da energia no Brasil vem de fontes renováveis. Disse que temos um dos níveis de poluição mais baixos do planeta, com menos de 3% de emissão de carbono.

Aproveitou a oportunidade para defender a democracia. Deixou claro que foi eleito pelo processo democrático e que, quando entregar o cargo, sairá da mesma forma. E, para afastar qualquer tipo de boato, garantiu que teremos eleições limpas e auditáveis.

Não deixou de lado a defesa do bem mais precioso do ser humano, a liberdade, incluindo aí a liberdade de expressão, de trabalho e de culto religioso.

Enfim, mais um tento marcado pelo presidente em terras estrangeiras. Suas conquistas não são as de um governo, mas sim do Brasil. Independentemente de quem seja o próximo presidente, esses contatos bem-sucedidos trarão benefícios para o país de agora e para as próximas gerações.

Quem diria! Aquele capitão até meio desengonçado, que chega a se expressar com jeito áspero e até agressivo em determinadas circunstâncias, agindo como um estadista! Siga pelo Instagram: @polito

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