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“Aquecimento global será catastrófico para os mais pobres”, diz Papa

O papa Francisco fez nesta terça-feira (1) um novo apelo em defesa do meio ambiente, afirmando que o aquecimeto global pode ser "catastrófico, especialmente

“Aquecimento global será catastrófico para os mais pobres”, diz Papa
“Aquecimento global será catastrófico para os mais pobres”, diz Papa

Redação Publicado em 01/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h55


Em mensagem no Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, líder católico também advertiu que “é preciso proteger indígenas contra multinacionais”

O papa Francisco fez nesta terça-feira (1) um novo apelo em defesa do meio ambiente, afirmando que o aquecimeto global pode ser “catastrófico, especialmente para as comunidades pobres ao redor do mundo”. A declaração está em uma mensagem do líder católico pelo Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, celebrado pela Igreja no dia 1º de setembro.

Na segunda-feira (31), o líder católico já havia chamado atenção para a “dívida ecológica” gerada pela exploração dos recursos naturais, usando a metáfora de que a Humanidade está “espremendo os bens do planeta como se fosse uma laranja”.

Francisco defende que as nações sigam o Acordo de Paris, selado em 2015, nos quais os países signatários se comprometem a limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

“Nossa demanda constante por crescimento e um ciclo infinito de produção e consumo estão exaurindo o mundo natural”, disse o papa. “As florestas são sugadas, a camada superficial do solo sofre erosão, os campos perdem vegetação, os desertos avançam, os mares se acidificam e as tempestades se intensificam. A criação está gemendo!”

Proteção dos indígenas

A mensagem desta terça também sublinha que é preciso proteger as comunidades indígenas das empresas. “Particularmente as multinacionais”, escreve o pontífice, “que, com a extração perniciosa de combustíveis fósseis, minerais, madeira e produtos agroindustriais, fazem nos países menos desenvolvidos aquilo que não podem fazer nos países que lhes dão o capital”.

De acordo com Francisco, isso representa “um novo tipo de colonialismo, que explora vergonhosamente comunidades e países mais pobres a braços com uma busca desesperada de desenvolvimento econômico”.

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iG

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