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Análise: Corinthians oscila, perde para rival mais intenso e busca evolução rápida no Brasileiro

O Corinthians amanheceu nesta quinta-feira, após a derrota por 2 a 1 para o Red Bull Bragantino na abertura da quarta rodada, na 12ª posição do Campeonato

CORINTHIANS
CORINTHIANS

Redação Publicado em 17/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h36


Início de trabalho de Sylvinho tem momentos de instabilidade num ano de elenco carente

O Corinthians amanheceu nesta quinta-feira, após a derrota por 2 a 1 para o Red Bull Bragantino na abertura da quarta rodada, na 12ª posição do Campeonato Brasileiro. Exatamente a mesma em que terminou no Brasileirão do ano passado. Mas muita coisa mudou de lá para cá.

O Timão instável de Vagner Mancini agora inicia um trabalho com Sylvinho, que chegou apenas ao seu sexto jogo. São três derrotas, dois empates e apenas uma vitória aqui até. Números ruins, mesmo com alguns sinais promissores em alguns momentos das duas últimas partidas.

Ao enfrentar um adversário que já joga junto há bastante tempo, com qualidades individuais e uma transição ofensiva alucinante, como é o Bragantino, o time de Sylvinho foi incapaz de se manter firme e seguro por 90 minutos no jogo.

Os primeiros 45 foram bons. Com marcação ajustada em duas linhas de quatro e deixando Luan e Roni na primeira pressão da bola, o Corinthians conseguiu abrir o placar cedo, em trama que envolveu um pivô de Luan, uma virada de Fábio Santos, um cruzamento de Mosquito e o gol de Roni. A partir dali, sentou no 1 a 0, viu Cássio fazer algumas defesas e levou a vitória parcial para o vestiário.

"No detalhe" analisa tempo de posse e número de passes trocados no gol do Corinthians

“No detalhe” analisa tempo de posse e número de passes trocados no gol do Corinthians

O Bragantino teve 66% de posse de bola na etapa inicial. O Timão soube sofrer, mas as jogadas de escanteio pareciam assustar Sylvinho, que pedia que Cantillo “atacasse a bola” no primeiro pau. Curiosamente, foi exatamente assim que saiu o empate, com Aderlan, no início do segundo tempo.

O empate jogou uma ducha gelada num Corinthians que marcava forte, brigava pelas bolas e competia de maneira organizada. Mas era algo merecido ao Bragantino, que imprimia volume no rival. A situação seguiu, e o treinador tentou mudar o jogo tirando os apagados Luan e Vital da partida.

Roni e Gabriel em Corinthians x Bragantino; depois do gol, time cairia de produção — Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Roni e Gabriel em Corinthians x Bragantino; depois do gol, time cairia de produção — Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Luan, aliás, vale um parágrafo à parte. Por conta do esquema, o camisa 7 correu muito para fechar espaços de linha de passe e atrapalhar na construção de jogadas dos zagueiros do Bragantino. Longe da área, conseguiu participar do gol de Roni, mas cometeu muitos erros técnicos, levando até bronca de Cássio.

A sensação é de que Luan se sentia angustiado por não poder ser protagonista do jogo.

Entrevista coletiva com Sylvinho no pós-jogo do Corinthians

Entrevista coletiva com Sylvinho no pós-jogo do Corinthians

Entraram Araos e Léo Natel com a missão de reter um pouco mais a bola no campo de defesa, já que ela estava batendo e voltando sempre para os pés do time de Bragança Paulista. Na etapa final, o Timão finalizou uma vez a gol, contra nove do rival. Na nona, perto do fim do jogo, Ramires fez 2 a 1.

A derrota de virada impacta de forma negativa por ser diante de um adversário direto do Corinthians na briga por uma faixa intermediária do campeonato, por ser novamente dentro de casa (como no 1 a 0 contra o Atlético-GO, na estreia) e por frear uma sensação de evolução que o time vinha mostrando.

Comemoração dos jogadores do Bragantino em Itauqera — Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Comemoração dos jogadores do Bragantino em Itauqera — Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

De positivo, as boas jogadas de construção do time na etapa inicial. O Corinthians que exagerou nos cruzamentos aéreos nos duelos contra o Atlético-GO, há poucos dias, não existe mais. O Timão é hoje um time que joga com bola no chão, de pé em pé, com vigor defensivo e saída mais verticalizada.

Derrotas como essa jogam pressão em Sylvinho, mas é preciso sempre lembrar que 2021 não é um ano comum. Há todo um contexto de dificuldade de elenco e necessidade de maior paciência. Após quatro rodadas, ainda é cedo para desespero. Mas é sempre bom abrir o olho para coisas piores.

A Voz da Torcida - Careca Bertaglia:"Errou tudo, errou tomada de decisão, errou marcação."

A Voz da Torcida – Careca Bertaglia:”Errou tudo, errou tomada de decisão, errou marcação.”

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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