Avanço significativo nas eleições aumenta representatividade e inclusão
Gabriela Thier Publicado em 08/10/2024, às 16h05
Em um marco significativo para a representação política quilombola no Brasil, 17 candidatos autodeclarados quilombolas foram eleitos prefeitos em diversos municípios do país, de acordo com informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A maioria dos novos prefeitos é composta por homens, totalizando 15, enquanto duas mulheres também assumirão o cargo executivo. Em termos de raça, conforme declarado ao TSE, o grupo inclui oito pessoas negras, seis pardas e três brancas.
As cidades que agora serão governadas por líderes quilombolas estão distribuídas pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Notavelmente, não houve eleição de prefeitos quilombolas na Região Sul.
Goiás se destaca com quatro municípios sob administração quilombola: Fernando Cardoso (União) venceu em Cromínia; Chico Vaca (PL) foi eleito em Corumbá de Goiás; Vilmar Kalunga (PSB) triunfou em Cavalcante; e Ney Novaes (PT) em Professor Jamil.
No Tocantins, Chapada da Natividade escolheu Elio Dionizio (Republicanos) como prefeito; São Félix do Tocantins optou por Gercimar (Republicanos); e Peixe será administrada por Cezinha (MDB).
Outros prefeitos eleitos incluem Nivaldo Araújo (PSB) em Alcântara-MA; Valdenir (Mobiliza) em Nova Olinda do Maranhão-MA; Jocivaldo Joci (PT) em Antônio Cardoso-BA; Dr. Arismário (Avante) em Santaluz-BA; Tati Cobra (União) em Borda da Mata-MG; Cilinha (PSD) em Vargem Alegre-MG; Bel Júnior (PP) em Senador Sá-CE; Fabiano Lira (PT) em Brejo do Piauí-PI; Dr. Victor Maruyama (Podemos) em Barra do Turvo-SP; e Aluísio do Teca (Republicanos) em Mocajuba-PA.
No âmbito legislativo, as eleições resultaram na vitória de 262 homens e 72 mulheres quilombolas que conquistaram cadeiras nas câmaras municipais de seus respectivos municípios, reforçando ainda mais a presença dessas comunidades na política local.