A três dias da posse do presidente eleito, ainda existem manifestações nas ruas
Manoela Cardozo Publicado em 29/12/2022, às 10h46
O DF Legal está responsável pela prevenção de invasões no Distrito Federal e planejou uma operação a fim de desmontar o acampamento bolsonarista que está montado em frente ao comando do Exército em Brasília.
Entretanto, de acordo com o UOL Notícias, a operação foi frustrada já que os agentes foram cercados pelos manifestantes e expulsos, precisando de escolta da Polícia do Exército, responsável pelo patrulhamento do entorno de quartéis, para conseguirem voltar aos carros e caminhões destacados para tal operação.
Um dos carros acabou ficando para trás, foi cercado pelos 'patriotas' e, em meio à discussões, o veículo foi atacado com socos e pontapés.
O motorista acelerou o veículo bruscamente e derrubou uma pessoa, que não se feriu. Segundo a assessoria do DF Legal, os responsáveis pela operação são a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e o Exército.
Como aconteceu a ação
Assim que se reagruparam, os militares abriram a barreira que restringia o acesso de veículos para a praça em frente ao QG do Exército. 11 carros e uma van entraram e, nesta mesma hora, os manifestantes de barracas próximas correm na direção deles.
O número de golpista aumentou gradativamente e grande parte deles estava gravando a situação enquanto protestam contra os funcionários do DF Legal.
Inúmeros palavrões foram ditos e, inclusive, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi xingado.
Sentindo-se acuados, os agentes preferiram não ir em direção às barracas, mas para trás da coluna de homens formada pela Polícia do Exército.
Poucos minutos depois, a situação tornou-se insustentável e os funcionários do DF Legal voltaram para seus respectivos carros.
Os agentes precisaram ser escoltados. O Exército, por sua vez, foi exaltado e os manifestantes comemoraram a própria permanência e a forma com que foram protegidos pelos militares.
Um homem não identificado deu início a um discurso contra a democracia, dizendo que ninguém sairá do local enquanto Lula não for afastado da Presidência.