VENEZUELA

María Corina denuncia que não consegue inscrever sua candidatura; entenda

Os registros de candidaturas podem ser realizadas até 25 de março

Os registros de candidaturas podem ser realizadas até 25 de março - Imagem: Reprodução/Instagram @mariacorinamachado

Ana Rodrigues Publicado em 22/03/2024, às 12h14

A líder da oposição Venezuelana, María Corina Machado, denunciou na última quinta-feira (21) que não conseguiu registrar sua candidatura pelos partidos opositores autorizados a participar das eleições presidenciais.

De acordo com a CNN, está quinta é o primeiro dia das inscrições de candidatos que disputarão o pleito marcado para 28 de julho.

Quase 12 horas [depois de ter sido] iniciado o processo [de inscrição das candidaturas], lhes informo que os dois únicos partidos da unidade democrática hábeis para que eu me candidate no Conselho Nacional Eleitoral (o MUD e o UNT) não têm acesso ao sistema para se inscrever", denunciou Machado.

A opositora está proibida de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos. Ela se referiu aos partidos Mesa de Unidade Democrática e Um Novo Tempo, organizações políticas da Plataforma Unitária, bloco opositor, que estão autorizadas pelo Conselho Nacional Eleitoral do país a participar do pleito presidencial.

Apesar de estar proibida de ocupar cargos públicos, Machado é a vencedora das eleições primárias da oposição e afirma que ganhará de Nicolás Maduro nas urnas, tendo intenção de se inscrever para a corrida eleitoral. Os registros de candidaturas vão até 25 de março.

Nas últimas semanas, sete integrantes do partido de Machado, o Vente Venezuela, foram presos.

Segundo o procurador-geral do país, Tarek William Saab, eles planejavam provocar violência nas ruas do país e estariam envolvidos em supostos planos conspiratórios para tomar o controle dos quartéis e assassinar Maduro.

Porém, a oposição denuncia que as prisões, assim como a proibição de que Machado ocupe cargos políticos, viola o Acordo de Barbados, que resultou de uma negociação entre o governo e opositores, mediada pela Noruega, para que haja garantia para a realização de eleições neste ano.

Outros sete mandados de prisões foram emitidos contra integrantes da equipe da líder opositora.

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