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Caixa Econômica acaba de vez com o consignado do Auxílio Brasil

A instituição financeira era um dos principais a disponibilizar o serviço aos clientes

Agência da Caixa Econômica - Imagem: reprodução/Governo Federal

Mateus Omena Publicado em 24/02/2023, às 17h18

A Caixa Econômica Federal anunciou recentemente que não vai aderir às novas regras referentes ao empréstimo consignado do Auxílio Brasil, encerrando então a oferta de crédito do programa, que agora voltará a se chamar Bolsa Família.

Apesar da notícia ter surpreendido muitas pessoas que são contempladas pelo auxílio, a modalidade de crédito já estava suspensa pela instituição financeira desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a presidência.

O consignado foi liberado em outubro do ano passado durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) para os beneficiários do programa social para fins eleitorais, apesar das críticas de analistas, e apresentou diversos problemas desde o seu lançamento.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, a presidente da Caixa, Rita Serrano explicou que o serviço não pode continuar com as novas condições definidas recentemente. Em seu discurso, a executiva ressaltou o cunho eleitoral da medida na época.

Mudanças no consignado

As novas regras estabelecidas pelo governo federal alteraram as principais condições do consignado do Auxílio Brasil. Confira:

Problema

A Caixa Econômica era uma das principais instituições a disponibilizar o serviço aos clientes. Depois da recusa de adesão às novas regras, o consignado será afetado.

Depois desse impacto, há preocupações em relação a outros bancos caso escolham pela oferta da linha de crédito ou não. De acordo com Rita Serrano, o banco público foi o que mais ofertou empréstimo, sendo que o valor chegou a R$ 7,6 bilhões.

Segundo a executiva, não será mais possível oferecer empréstimo para uma pessoa que depende do dinheiro para se alimentar, que é o caso do público atendido pelo Auxílio Brasil, pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Além disso, a presidente da Caixa afirmou que já se espera alguma inadimplência diante da averiguação nas inscrições do Cadastro Único – promovida pelo atual governo com foco nos cidadãos em situação irregular que podem ser retirados da folha de pagamentos do programa.

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