Por Leonardo Augusto de Campos*
Redação Publicado em 05/05/2022, às 00h00 - Atualizado às 08h27
Por Leonardo Augusto de Campos*
A concepção de produtos, processos e serviços mais sustentáveis e que, portanto, minimizam os impactos ambientais são os fundamentos da Bioeconomia. Esse tema nunca foi tão atual e necessário, ao final, a escassez e finitude de recursos determina uma dinâmica na qual a sobrevivência humana depende da nossa relação com o planeta em que vivemos.
A Bioeconomia propõe um novo modelo de produção, mais eficiente e sustentável. Este modelo emprega materiais com menor impacto extrativo e que podem ser reaproveitados ou reciclados ao final do seu ciclo de vida, bem como o uso de energias renováveis na fabricação. Estas ações abrem infinitas possibilidades!
No Brasil, as oportunidades são muito promissoras já que, segundo o Ministério do Meio Ambiente, temos 20% das espécies catalogadas em todo o mundo. Os biomas brasileiros possuem diversidade de elementos naturais que podem ser utilizados de forma ambiental e socialmente amigáveis, promovendo o desenvolvimento econômico das regiões nas quais ocorrem. Como exemplo temos inúmeros produtos farmacológicos e fitoterápicos utilizando espécies nacionais que pesquisadores já vêm desenvolvendo.
A Bioeconomia também vai ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS na medida em que fortalece e emprega conceitos de economia circular (reduzir, reutilizar e reciclar), incentiva o desenvolvimento de materiais biodegradáveis e reforça a utilização de energias de fontes renováveis.
As possibilidades e atratividade de inovações sustentáveis se intensificam e são convergentes às necessidades dinâmicas do mundo moderno. O potencial brasileiro para se reposicionar na economia global por meio da Bioeconomia é evidente. Contudo, políticas públicas e iniciativas privadas precisam convergir para modelos de pesquisa, tecnologia e produção voltadas para o desenvolvimento sustentável. Já é possível observar algumas iniciativas neste sentido, mas maiores investimentos em pesquisa e incentivos para os empreendedores locais ajudariam bastante. Vamos em frente!
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