Às vésperas da final da Libertadores entre Santos e Palmeiras, marcada para as 17h (de Brasília) do próximo sábado, no Maracanã, Cleber Machado, narrador da
Redação Publicado em 25/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h49
Às vésperas da final da Libertadores entre Santos e Palmeiras, marcada para as 17h (de Brasília) do próximo sábado, no Maracanã, Cleber Machado, narrador da Globo e voz do tricampeonato da Libertadores do Peixe em 2011, foi o convidado do centésimo episódio do podcast GE Santos.
No bate-papo, Cleber volta no tempo e relembra bastidores da conquista sobre o Peñarol. O narrador também projeta a decisão contra o Palmeiras que pode fazer o Santos voltar a levantar a taça do torneio sul-americano quase dez anos depois da última conquista. Ele vê diferenças nas duas campanhas do Alvinegro.
– Não foi uma surpresa o Santos de 2011. Era um time que foi encantador em 2010, ainda com o Dorival Júnior, e com a experiência do Muricy, com o amadurecimento maior do Neymar, com o Ganso jogando muito… Foi um Santos que entrou na Libertadores com boas perspectivas. Nessa temporada, é surpreendente. É de aplaudir, é de comemorar e enaltecer muito esse trabalho do Cuca e dos jogadores. Era improvável. Poucos colocaram, se é que alguém colocou, o Santos entre os candidatos ao título – disse o narrador.
E como foi acompanhar grande parte da trajetória do Santos até a conquista do tri? Cleber conta bastidores e relembra “maratona” de viagens ainda nas semifinais.
– Eu tinha feito as duas semifinais entre o Vélez e o Peñarol. Lembro que fiz Santos e Cerro em Assunção e no dia seguinte fui para Montevidéu. Na semana seguinte, fiz o jogo do Santos na Vila na quarta, e na quinta cedinho eu e o Noriega fomos para Buenos Aires. Eu achava o Vélez melhor e, quando o Peñarol passou, pensei que dava pra ganhar desses caras. O Santos não teve em momento nenhum o Penãrol dominando as finais. O 0 a 0 foi bom lá. O Santos era melhor e foi campeão, repetindo a final de 62.
Por fim, Cleber comparou os trabalhos de Muricy Ramalho e Cuca. Ambos assumiram o Peixe no meio da campanha e guiaram o time à decisão.
– Os trabalhos são bons, você pode até achar semelhanças. Mas eu fico pensando na comparação de momentos. Do clube e deles. No ciclo que o Muricy assume, o Santos foi tricampeão paulista, tinha ganhado a Copa do Brasil e vivia um momento virtuoso: revelando jogadores, um deles um candidato a ser estrela mundial, mesclando jogadores experientes e novos… Era um time muito mais formado, com talentos mais reconhecidos, e um técnico campeoníssimo, a fim da Libertadores.
– Esse ano, tem o Cuca, que tem um momento iluminado no Santos. Quando o Santos contratou, não entendi. Adoro o Cuca, para mim ele é top 5 no Brasil há algum tempo. Os times dele são gostosos de ver jogar. O Cuca vestiu de tal maneira a camisa do Santos, levar e controlar aquele ambiente pesado… Ele é uma das grandes estrelas do Santos em 2020. Foi fazendo a casa, modelando tudo, constriundo, formando. Ele teve um tipo de trabalho diferente, do mesmo padrão de qualidade e da mesma importância para o Santos – completou Cleber.
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GE – Globo Esporte.
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