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Telecomunicações deixa de liderar ranking do setor de serviços no Brasil, aponta IBGE

A atividade de telecomunicações deixou de ser a maior em geração de receita operacional no setor de serviços no Brasil, sendo superada pelos serviços

Telecomunicações deixa de liderar ranking do setor de serviços no Brasil, aponta IBGE
Telecomunicações deixa de liderar ranking do setor de serviços no Brasil, aponta IBGE

Redação Publicado em 24/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h44


A atividade de telecomunicações deixou de ser a maior em geração de receita operacional no setor de serviços no Brasil, sendo superada pelos serviços técnico-profissionais. É o que revela a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) divulgada nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Os dados são de 2016.

De acordo com o levantamento, em 2007 a atividade de telecomunicações respondia por 18,9% da geração de receita no setor de serviços. Em 2016, essa participação caiu para 10,9%. Segundo o IBGE, foi a primeira vez na série histórica da pesquisa que essa atividade deixou de liderar o ranking.

A primeira posição na geração de receita foi assumida pela atividade ligada a serviços técnico-profissionais, que respondeu por 11,1% da geração de receita do setor de serviços em 2016. Em 2007, esta participação era de 9,9%, deixando essa atividade na segunda posição do ranking naquele ano.

Os serviços técnico-profissionais englobam as consultorias, escritórios de advocacia, contabilidade, publicidade, empresas de engenharia e arquitetura, entre outras. O aumento de sua participação na geração de receita foi de 1,2 ponto percentual no período, enquanto a atividade de telecomunicações perdeu 8 pontos percentuais – a maior perda dentre as 34 atividades investigadas pelo IBGE.

“Esse resultado se deve ao movimento combinado de queda das telecomunicações e simultaneamente de relativo crescimento de serviços técnico-profissionais. Os serviços de telecom, além do efeito da conjuntura recessiva, sofrem o impacto da mudança de padrões de consumo que substituem a telefonia por tecnologias de comunicação mais baratas com base na internet”, apontou o IBGE.

O instituto apontou que “a despeito da constante inovação nos serviços prestados, a concorrência entre as empresas tem sido um freio no reajuste de preços” no segmento de telecomunicações.

Entre 2006 e 2011, eram quatro os serviços de telecomunicações medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): telefone fixo, telefone público, telefone celular e acesso à internet. A partir de 2012 passaram a ser seis serviços, sendo incluídos telefone com internet (pacote) e TV por assinatura com internet.

O IBGE destacou que, enquanto o IPCA geral foi de 30,2% no acumulado de 2007 a 2011 e de 44,4% de 2012 a 2016, a dos serviços de telecomunicações foi, respectivamente, de 7,6% e 7,7% nos dois períodos.

Na terceira posição do ranking de receitas do setor de serviços se manteve o transporte rodoviário de cargas. Apesar de continuar na mesma colocação, a atividade aumentou em 0,1 p.p. sua participação, passando de 9,7% em 2007 para, 9,8% em 2016.

Já o maior ganho de participação (2,2 p.p.) no período foi o se serviços de alimentação, que em 2007 estava na 6ª posição do ranking, com 5,5% de participação, e assumiu o 4º lugar em 2016, com 7,7%.

“O comportamento da receita dos serviços de alimentação, ao contrário do que ocorreu com as atividades de telecomunicações, foi influenciado pela trajetória dos preços da alimentação fora do domicílio, que registrou alta acima da taxa média de inflação, explicando, em parte, os ganhos de participação dessa atividade”, ressaltou o IBGE. A inflação acumulada da inflação da alimentação fora do domicílio foi de 146,9% entre 2007 e 2016, enquanto o índice geral ficou em 82,6% no período.

Na 5ª posição do ranking ficaram os serviços de tecnologia da informação, com 7,4% de participação na geração de receita do setor. Em 2007 sua participação era de 6,5%, o que a deixava na 4ª colocação.

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