A taxa de analfabetismo entre brasileiros com 15 anos ou mais caiu pelo quarto ano consecutivo, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad),
Redação Publicado em 25/11/2016, às 00h00 - Atualizado às 15h24
A taxa de analfabetismo entre brasileiros com 15 anos ou mais caiu pelo quarto ano consecutivo, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na manhã desta sexta-feira (25). O índice foi estimado em 8% da população (12,9 milhões de pessoas). Em 2014, ele ficou em 8,3%; em 2013, a taxa era de 8,5% e, em 2012, era de 8,7%.
Em todas as regiões do país a taxa de analfabetismo caiu, com exceção da Região Norte, onde ela avançou de 9% para 9,1%, depois de quatro quedas seguidas. De acordo com os dados divulgados nesta sexta, a Região Nordeste continua registrando a taxa mais alta de analfabetismo no país. O índice ficou em 16,2% nos estados nordestinos, ante 16,6% na edição anterior da pesquisa.
Veja abaixo as taxas de analfabetismo no Brasil por região em 2015:
A Pnad aponta que a taxa de analfabetismo varia conforme a idade dos adultos. Entre os jovens de 15 a 19 anos, a taxa registrada foi de 0,8%; já entre as pessoas com 60 anos ou mais, o índice de analfabetismo sob para 22,3%, segundo as estimativas de 2015. Isso quer dizer que pelo menos um a cada cinco idosos brasileiros não sabem ler nem escrever.
A taxa de brasileiros considerados analfabetos funcionais – ou seja, que têm 15 anos ou mais de idade, mas tiveram menos de quatro anos de estudo formal, caiu de 17,6% em 2014 para 17,1% em 2015. Nesse caso, o índice caiu em todas as regiões, e a Região Nordeste é, mais uma vez, a que registrou a taxa mais alta (26,6%, contra 27,1% no ano anterior).
Entre 2004 e 2015, os dados registram um crescimento de 20% na escolaridade média dos brasileiros de 10 anos ou mais: em 2004, o número médio de anos de estudo das pessoas nessa faixa etária era de 6,5. Em 2015, essa média subiu para 7,8 anos. A Região Sudeste é a que tem a maior média de anos de estudo (8,5), seguida pelo Sul (8,3), o Centro-Oeste (8,2), o Norte (7,3) e o Nordeste (6,7).
Considerando a população com 25 anos ou mais de idade, o Brasil registrou um ligeiro aumento no número de pessoas com diploma, e uma pequena redução no número de pessoas com ciclos de ensino incompletos. O número de pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo caiu de 11,7% para 11,1%; o de pessoas com ensino fundamental incompleto caiu de 32% para 31,3%. Já a taxa de pessoas com ensino médio incompleto era de 4,2% em 2014 e foi de 4,1% em 2015; e o número de pessoas com ensino superior incompleto mudou de 3,9% para 3,8%.
Por outro lado, o número de brasileiros com 25 anos ou mais com ensino fundamental completo mudou de 9,5% para 9,6%; o de pessoas com ensino médio completo foi de 25,5% para 26,4%, e a população com diploma do ensino superior foi de 13,1% para 13,5%.
Entre as crianças e adolescentes em idade escolar, a Pnad mostrou que, depois de três anos de estagnação, voltou a crescer ligeiramente a taxa de escolarização da população de 15 a 17 anos. A taxa foi de 84,2% em 2012, 84,3% em 2013 e 84,3% em 2014. Em 2015, ela foi para 85%.
Já entre as crianças de 4 e 5 anos, a taxa de escolarização avançou de 82,7% para 84,3% entre a Pnad 2014 e a Pnad 2015.
De acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), os estados e municípios deveriam garantir, até o final de 2016, que 100% das crianças e adolescentes dessas duas faixas etárias estejam matriculados na escola. Porém, o governo federal já anunciou que não será possível cumprir essa meta.
Em relação às crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, a taxa de escolarização pouco mudou: era de 98,5% em 2014 e foi para 98,6% em 2015.
Os dados da pesquisa do IBGE divulgados nesta sexta mostram que três quartos dos estudantes com quatro anos ou mais de idade estão matriculados na rede pública de ensino. O número é mais alto no ensino básico: do total da população matriculada na escola, 85,3% dos alunos do ensino fundamental estudam em escolas públicas; o mesmo vale para 88,1% dos estudantes do ensino médio.
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