A Secretaria Municipal de Saúde realiza na próxima quarta-feira (15), a palestra “Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual”, na Sociedade
Redação Publicado em 09/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h24
A Secretaria Municipal de Saúde realiza na próxima quarta-feira (15), a palestra “Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual”, na Sociedade de Medicina de Rio Preto, com entrada franca. Em 2017, e Rio Preto, o número de notificação de violência sexual contra mulheres foi de 118 casos e 20 casos contra homens.
Os casos de violência sexual na cidade representam em torno de 7% dos demais tipos de violência (física, negligência e tentativa de suicídio). Os indicadores registrados no Sistema Informação de Agravos de Notificação (SINAN), da Secretaria de Saúde, apontam que a violência sexual atinge um número quase seis vezes maior de pessoas do sexo feminino do que masculino.
Os dados apontam que em 2017, o número de notificação de violência sexual contra mulheres foi de 118 casos e 20 casos contra homens. Já em relação à faixa etária, a mais atingida é a das crianças de 5 a 9 anos, com 37 casos, seguido de adolescentes de 15 a 19 anos, com 32 casos, no mesmo período.
A violência interpessoal e autoprovocada é um agravo de relevância clínica e epidemiológica, que inclui as violências físicas, psicológicas e sexuais. Para combatê-la, dizem os especialistas que é necessário um trabalho de educação permanente e continuada, com a qualificação de profissionais e melhoria da assistência às vítimas. “A violência sexual é um dos tipos que mais impactam a articulação da rede de assistência e proteção, é entendida como uma questão de Saúde Pública, segurança e acesso à Justiça, que exige do Estado políticas e ações integradas para responder ao problema”, completa a gerente.
A palestra está sendo organizada em parceria com a Secretaria Municipal dos Direitos e Políticas para Mulheres, Pessoas com Deficiência, Raça e Etnia e Unimed Rio Preto, com o apoio da Sociedade de Medicina de Rio Preto, e tem como objetivo qualificar profissionais da rede intersetorial e interinstitucional do município.
“A violência sexual é um fenômeno multidimensional que afeta todas as classes sociais, raças, etnias, orientações sexuais, e constitui uma das principais formas de violação dos direitos humanos, atingindo o direito à vida, à saúde e à integridade física. Por isso, precisamos constantemente debater o assunto para encontrar caminhos para a prevenção, enfrentamento e à responsabilização dos autores da violência”, afirma a gerente do Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Rita Vilella Mendonça.
“Os dados apontam que a violência sexual atinge a população de maior risco e vulnerabilidade como as crianças e mulheres, apresenta múltiplas e complexas causas e está relacionada a questões sociais, econômicas e culturais, devendo ser analisada com cuidado e critério, levando em conta as diferentes variáveis”, acrescenta Rita Mendonça.
Atualmente, a atenção integral às pessoas em situação de violência sexual em Rio Preto é composta por ações multidisciplinares, intersetoriais e interinstitucionais, de forma articulada e integrada para a garantia da assistência integral, possibilitando o atendimento, proteção, prevenção a novas situações e medidas para possibilitar a responsabilização dos(as) autores(as) da violência. Em breve, o município deverá implementar a Rede de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual (RAPVS), que estabelece protocolo e fluxos para as políticas intersetoriais e interinstitucionais.
São 300 vagas destinadas a profissionais envolvidos com a temática, como médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, estudantes e profissionais que atuam em delegacias, varas especializadas e conselhos de direito. As inscrições devem ser feitas antecipadamente no site da Secretaria de Saúde.
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