As sanções econômicas internacionais anunciadas até a manhã desta quinta-feira (24) contra a Rússia, que iniciou uma operação militar para invasão do
Redação Publicado em 24/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 10h49
As sanções econômicas internacionais anunciadas até a manhã desta quinta-feira (24) contra a Rússia, que iniciou uma operação militar para invasão do território ucraniano durante a madrugada, são classificadas como “cosméticas” por Ristina Pecequilo, professora de Relações Internacionais na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Segundo a especialista, o país russo tem condições de driblar as medidas impostas até o momento e sobreviver de tal forma. “O nó da questão é o setor energético. Ele é essencial para a Rússia em termos financeiros”, afima ela.
Contudo, da mesma maneira que sanções relacionadas ao setor energéticos impactariam diretamente na economia russa, também afetariam países da União Europeia. A Alemanha, por exemplo, tem grande dependência do gás importado da Rússia. A professora analisa que um aumento no preço da matéria-prima seria mal recebido pelas populações europeias, uma vez que o Hemisfério Norte está na época do inverno e pandemia ainda é uma questão presente.
“Se as sanções não avançarem para este mercado energético, a Rússia vai sofrer razoavelmente pouco. Mas, se as sanções avançarem na questão da energia, a Rússia vai sofrer muito, mas também a União Europeia”, analisa a especialista.
Na terça-feira (22), após o presidente russo Vladmir Putin reconhecer a independência das regiões separatistas Luhansk e Donetsk – localizadas no leste da Ucrânia –, o presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, declarou um pacote de sanções contra a Rússia. Investimentos, comércio e financiamento americano foram proibidos na região de Donbass.
Assim como o país americano, outras nações ocidentais também se manifestaram contra a, até então, iminente invasão russa ao território ucraniano, como a Alemanha, que suspendeu a autorização para o início da operação do gasoduto russo Nord Stream 2, que liga diretamente os dois países, sem passagem pela Ucrânia.
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G1
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