A unidade de Bauru (SP) de uma rede de fast food que virou centro de uma polêmica por implantar banheiro “multigênero” fez mudanças nas indicações gráficas
Redação Publicado em 22/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 06h14
A unidade de Bauru (SP) de uma rede de fast food que virou centro de uma polêmica por implantar banheiro “multigênero” fez mudanças nas indicações gráficas nas portas de seus sanitários. Segundo a rede de lanchonetes, a mudança foi adotada após a prefeitura da cidade notificar a empresa de supostas irregularidades.
Antes da mudança, havia nas portas, acima da inscrição “WC individual”, o desenho de três bonecos indicando a destinação para homens, mulheres ou pessoas que não se identificam com esses gêneros. Agora, há apenas o desenho de um boneco com a iconografia clássica de indicação para “masculino” ou “feminino”.
Em nota, o Mc Donald’s confirmou que a mudança foi motivada pela notificação imposta pela Prefeitura de Bauru no último dia 13 de novembro apontando “descumprimento de exigências do código sanitário da cidade”.
“A rede reforça que tem o compromisso com a promoção de um ambiente de respeito para que todas as pessoas sintam-se bem-vindas em seus restaurantes. […] No caso do município de Bauru, após a notificação da prefeitura, a companhia fez adequação em atendimento à solicitação das autoridades locais (nº 3832 de 30/12/1994)”, afirmou a nota.
Essa não é a primeira vez que o Mc Donald’s decide mudar o layout de seus sanitários após polêmica envolvendo o conceito de “multigênero”.
Em setembro deste ano, uma unidade de São Roque (SP) fez mudança na placa de um banheiro que indicava a palavra “multigênero” após o caso repercutir em uma unidade recém-inaugurada.
Naquela ocasião, a assessoria de imprensa do McDonald’s informou que o banheiro continua sendo para todos os gêneros e apenas foi retirado o texto por ser uma unidade recém-inaugurada, que é suscetível a mudanças.
Na semana passada, um vídeo com críticas de uma moradora ao banheiro viralizou nas redes sociais. Na gravação, a mulher diz que a unidade do MC Donald’s é comunista ao implantar banheiro “multigênero”. O assunto se tornou um dos mais comentados do dia no Twitter
“Eu não admito isso na minha cidade. Não quero usar banheiro com homem, sou contra isso. Eu não aceito. Quero que todos os vereadores de Bauru deem um jeito nisso. Cada cidade cuide da sua cidade, vigiem os banheiros públicos, de restaurantes. Quero que todos vigiem. É um absurdo. Criança usa o mesmo banheiro. É o comunismo na cidade de Bauru. Uma vergonha”, afirma.
As imagens causaram polêmica e dividiram opiniões dos internautas. “Na casa dela os banheiros são separados pra homem, mulher e criança também?, afirmou um.
“Ela é até surtadinha. Mas eu também não quero usar banheiro com homens não”, comentou uma mulher.
Antes dessa repercussão, dois vereadores da cidade já tinham se manifestado contra o banheiro. Após sessão do último dia 8 de novembro da Câmara, eles estiveram no local fizeram a gravação de um vídeo com críticas ao estabelecimento.
Na postagem, o vereador Eduardo Borgo (PSL) comenta que o banheiro serve de pretexto para a não-binariedade. O vereador Serginho Brum, logo em seguida, se manifesta e diz que ficou constrangido.
“Daqui a pouco vira moda isso daí e nossas mulheres e crianças vão ser obrigadas a dividir o banheiro com homens, todos misturados”, diz no vídeo.
,
.
.
.
.
G1
Leia também
Você é pecador? Governo está prestes a aprovar ‘Imposto do pecado’; entenda
Cidade proíbe venda de sorvetes após meia noite; entenda o motivo
O Código de Defesa do Consumidor enquanto garantidor da dignidade da pessoa humana no Brasil
Carro Tesla sofre pane no sistema e mata duas pessoas
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
Acidente entre carro e ônibus deixa três mortos em São Paulo
Pessach, a Páscoa Judaica
O Código de Defesa do Consumidor enquanto garantidor da dignidade da pessoa humana no Brasil
Proibição de leitura bíblica e menção de frases de cunho cristão na Câmara de Bauru
O “tradicional” loteamento das subprefeituras, Tabata de marqueteiro novo e a Buser em risco