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Polícia encerra inquérito de jovem morta por ciúmes com pedido de prisão preventiva de 3 indiciados

O delegado Márcio Murari, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Franca (SP), confirmou que vai encerrar nesta terça-feira (24) o inquérito sobre a

Polícia encerra inquérito de jovem morta por ciúmes com pedido de prisão preventiva de 3 indiciados
Polícia encerra inquérito de jovem morta por ciúmes com pedido de prisão preventiva de 3 indiciados

Redação Publicado em 24/10/2017, às 00h00 - Atualizado às 08h38


O delegado Márcio Murari, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Franca (SP), confirmou que vai encerrar nesta terça-feira (24) o inquérito sobre a morte, por ciúmes, da jovem Núbia Ribeiro com o pedido de prisão preventiva de três indiciados pelo crime.

Leonardo Cantieri, ex-namorado da vítima, Lauany do Prado, atual namorada de Cantieri, e suspeita de ser a mentora do crime, além de Ítalo Vinicius Neves, amigo do casal, responderão por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil ou torpe, meio cruel e falta de chance de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.

Polícia indicia casal por morte da comerciante Núbia Ribeiro em Franca, SP

Polícia indicia casal por morte da comerciante Núbia Ribeiro em Franca, SP

A comerciante de 21 anos foi encontrada morta, com perfurações no corpo e parcialmente carbonizada, na zona rural de Patrocínio Paulista em 26 de setembro, dois dias depois de marcar um encontro com o ex-namorado. Segundo as investigações, a jovem morreu depois de entrar no mesmo carro em que estiveram o ex, Lauany e Ítalo.

Além dos depoimentos, o delegado confirma ter em mãos todos os laudos solicitados, dentre eles o que confirmou a morte da jovem por traumatismo craniano, causado por uma pancada forte na cabeça com uma chave de roda, a perícia no local, que encontrou uma faca onde a jovem foi morta, na zona rural de Patrocínio Paulista (SP), além do carro onde a vítima esteve antes de morrer, onde havia indícios como galões vazios de gasolina e fios de cabelo.

Para o delegado, apesar da discrepância nas versões, o conjunto de provas é suficiente para confirmar a participação dos três no homicídio e dispensa a reconstituição.

“Eles negam o fato de terem atacado com violência, com os golpes que ocasionaram o traumatismo craniano, mas nenhum deles se omite na questão que teve a participação”, diz.

Neves está no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Franca e o casal segue preso na Cadeia Pública de Franca, no Jardim Guanabara.

Núbia Ribeiro, de 21 anos, foi achada morta na zona rural de Patrocínio Paulista, SP (Foto: Reprodução)

Núbia Ribeiro, de 21 anos, foi achada morta na zona rural de Patrocínio Paulista, SP (Foto: Reprodução)

As versões

Depois de uma acareação com os três suspeitos, o delegado voltou a ouvir Cantieri, sob o argumento de que ele não conseguiu falar quando estava diante de Lauany.

Em sua defesa, segundo Murari, o auxiliar de mecânico mencionou que, no carro em que saiu com Núbia, Lauany estava escondida no porta-malas, mas surpreendeu a vítima e as duas começaram a brigar. Cantieri disse também que, em determinado momento, notou que Núbia estava desacordada. Ele também reforçou a suspeita de que Lauany tinha o costume de andar com uma faca parecida com a utilizada no crime.

Segundo ele, naquele momento o casal teria procurado Ítalo Neves e pedido a ele que levasse a jovem a um pronto-socorro ou algum lugar próximo, e que somente soube do desfecho de Núbia mais tarde.

“Ele alega que então foram para casa do Ítalo, que teria pedido para que o Ítalo levasse a Núbia para um PS ou a deixasse em um local próximo, o Ítalo então assume o carro, sai e volta somente 40 minutos depois e não fala o que teria feito com ela”, descreve o delegado.

A versão difere da primeira história apresentada à polícia. Nela, Cantieri dizia que depois de levar Lauany para se encontrar com Núbia, no Distrito Industrial, as duas começaram a brigar com facas. Nessa briga, Núbia teria sido ferida e colocada no banco de trás do carro, que partiu em direção à casa de Neves, que teria levado o corpo da comerciante até Patrocínio Paulista.

Na acareação, Lauany também confirmou que estava escondida no porta-malas do carro conduzido por Cantieri, mas que no veículo também estava Ítalo. Segundo ela, depois de uma confusão com Núbia e de todos descerem do automóvel na zona rural de Patrocínio Paulista, a comerciante tentou esfaqueá-la, mas foi impedida pelos rapazes. Ela contou ainda que foi Neves quem esfaqueou a vítima, deixou o casal em casa e retornou à cena do crime sozinho.

Lauany do Prado e Leonardo Cantieri, suspeitos pela morte de Núbia Ribeiro, de Franca (SP) (Foto: Reprodução/EPTV)

Lauany do Prado e Leonardo Cantieri, suspeitos pela morte de Núbia Ribeiro, de Franca (SP) (Foto: Reprodução/EPTV)

No primeiro depoimento, a estudante de direito negou ter estado no local onde Núbia foi encontrada morta e que havia permanecido durante todo o tempo no apartamento do amigo Ítalo Neves.

Este, por sua vez, manteve a versão de que de que foi procurado pelo casal para levar o carro da jovem, em troca de drogas, até a Rodovia Nelson Rodrigues, em direção a Ribeirão Corrente (SP).

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