Diário de São Paulo
Siga-nos

Polícia do AM prende suspeito pelo desaparecimento do jornalista Dom Phillips e Bruno Pereira

Homem apreendido pelas autoridades tem histórico de ameaças e violências contra comunidades indígenas

Reprodução/TV Globo
Reprodução/TV Globo

Redação Publicado em 08/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 13h21


A Polícia Militar do Amazonas informou nesta manhã (8) que prendeu um homem suspeito de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips.

A Polícia Civil do Amazonas instaurou um inquérito policial para investigar o caso, segundo o delegado titular da 50ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), Alex Perez.

O homem apreendido pelas autoridades foi identificado como Amauri e tem um histórico de crimes cometidos contra povos indígenas, como ameaças e agressões.

O nome de Amauri foi apontado por fontes interrogadas pela polícia em Atalaia do Norte, cidade onde o jornalista e o indigenista sumiram.

De acordo com informações do jornal O Globo, havia uma pressão para que Amauri fosse solto, principalmente pela inexistência de provas de envolvimento no crime. Por outro lado, ele foi preso em flagrante por outros ataques a comunidades indígenas da região.

O desaparecimento

Bruno Pereira e Dom Phillips, correspondente do jornal inglês The Guardian, viajavam pela região da Floresta Amazônica. Eles estavam a bordo de uma embarcação nova, de 40 cavalos e com 70 litros de gasolina, além de insumos suficientes para a expedição.

Os dois foram vistos pela última vez quando chegaram à comunidade São Rafael por volta das 6h00 do último domingo (5). Depois de conversaram com os moradores, eles partiram para Atalaia do Norte, uma jornada de duas horas de duração, contudo, não chegaram ao destino.

Ainda no domingo, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) começou as buscas. Mas, como os seus esforços não foram bem sucedidos, na segunda-feira (6), a entidade indígena acionou as autoridades.

Cinco pessoas já foram ouvidas pelas polícia durante as investigações para apurar o que houve com Bruno e Phillips, sendo quatro como testemunhas e uma na condição de suspeito. As identidades dessas pessoas ainda estão sob sigilo pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas.

Compartilhe  

últimas notícias