A polícia de Hong Kong fez uma operação nesta quinta-feira (17), pela segunda vez em menos de um ano, na redação do jornal pró-democracia "Apple Daily" e
Redação Publicado em 17/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h25
A polícia de Hong Kong fez uma operação nesta quinta-feira (17), pela segunda vez em menos de um ano, na redação do jornal pró-democracia “Apple Daily” e prendeu cinco executivos.
Entre os detidos com base na lei de segurança nacional estão o diretor de redação, Ryan Law, que alertou que a liberdade de imprensa “está por um fio” no território chinês, e o diretor-geral, Cheung Kim-hung.
Todos foram detidos por “conspiração com um país estrangeiro ou com elementos externos para colocar em perigo a segurança nacional”, segundo a polícia.
As autoridades também congelaram bens avaliados em US$ 2,3 milhões (mais de R$ 11 milhões) do “Apple Daily”, que transmitiu ao vivo a operação em sua sede.
Hong Kong foi um território britânico até 1997, quando o Reino Unido assinou um acordo para devolvê-lo à China. O acordo, no entanto, previa a preservação da autonomia da região.
Mas isso tem cada vez mais desrespeitado pelo governo comunista chinês, principalmente depois dos protestos de 2018 em Hong Kong por mais liberdade política e menos intervenção chinesa.
A lei de segurança nacional foi aprovada em 2020, sem passar pelo parlamento de Hong Kong, e foi incorporada à “Lei Fundamental” do território, que serve desde 97 como uma “mini-Constituição”.
Ela criminalizou grande parte da oposição e deu às autoridades amplos poderes de investigação. Além disso, as pessoas condenadas sob a nova lei podem receber penas de prisão perpétua.
A China afirma que a lei é necessária para devolver estabilidade a Hong Kong, mas os críticos, incluindo vários países ocidentais, alegam que a repressão acabou com a promessa chinesa de que a cidade permaneceria com certas liberdades e autonomia após a sua devolução em 1997.
A lei visa reprimir o “separatismo”, o “terrorismo”, a “subversão” e o “conluio com forças externas e estrangeiras”, e o jornal é considerado um problema por Pequim por apoiar abertamente o movimento pró-democracia na cidade.
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G1
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