Pesquisadores da Unesp de São José do Rio Preto (SP) estão desenvolvendo uma maneira simples de medir a glicemia. O novo método é uma espécie de “bafômetro”,
Redação Publicado em 04/07/2017, às 00h00 - Atualizado às 08h52
Pesquisadores da Unesp de São José do Rio Preto (SP) estão desenvolvendo uma maneira simples de medir a glicemia. O novo método é uma espécie de “bafômetro”, em que o paciente teria apenas que assoprar uma fita e a glicemia seria medida pela respiração.
A metodologia evita a tradicional “picadinha no dedo”. Os alunos de mestrado e doutorado, Tarcísio Perfecto e Cecília Zito, juntos com o professor de química da faculdade, Diogo Volanti, contam que começaram a pensar, há dois anos, em uma forma menos invasiva de medir o índice glicêmico no organismo do diabético, sem precisar das agulhas.
O próximo passo agora é fazer os testes clínicos e transformar o produto em algo portátil e de fácil manuseio.
“Atualmente temos o problema com diagnóstico com certas doenças, desenvolver material para ajudar no diagnóstico não invasivo foi o início da pesquisa. Existem outras doenças que poderiam diagnosticar, mas o principal é o diabete. Poderia ter o diagnóstico de certas doenças só pela respiração, não precisando de endoscopia, furar o dedo para detectar algo, seria algo mais prático”, afirma Tarcísio Perfecto, um dos pesquisadores.
Os testes clínicos fazem parte das próximas etapas. A estimativa é que em cerca de dois ou três anos eles possam terminar o trabalho e levar o método para a produção.
Os pesquisadores criaram três tipos de fitas, com materiais de baixo custo: cerâmica, plástico e papel. Uma solução de metal diluída no álcool é aplicada nas fitas e, com o assopro, a reação consegue mostrar se o paciente tem ou não diabetes.
A pesquisa chamou a atenção de uma das principais revistas científicas do mundo. O estudo foi destaque no periódico Royal Society of Chemistry, da Inglaterra, uma das principais entidades britânicas de química.
“Daqui pra frente, vamos tentar aplicar esse estudo em condições reais e, assim, facilitar a comercialização, barateando o processo, fazendo com que os sensores possam ser utilizados por um número maior de pessoas com um baixo custo”, explica o professor.
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