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Número de mortos após tremor na fronteira entre Iraque e Irã passa de 300

O número de mortos após o tremor na fronteira entre Iraque e o Irã subiu para 334 nesta segunda-feira (13). O número de feridos passa de 1,7 mil. O epicentro

Número de mortos após tremor na fronteira entre Iraque e Irã passa de 300
Número de mortos após tremor na fronteira entre Iraque e Irã passa de 300

Redação Publicado em 13/11/2017, às 00h00 - Atualizado às 07h11


O número de mortos após o tremor na fronteira entre Iraque e o Irã subiu para 334 nesta segunda-feira (13). O número de feridos passa de 1,7 mil. O epicentro do tremor de 7,3 de magnitude foi registrado a 22,4 km de Derbendîxan, no Iraque, na tarde de domingo (12). Os trabalhos de resgate e de retirada de escombros continuam nesta manhã.

Na província iraniana de Kermanshah, o número de mortos subiu para 328 e o de feridos passou para 3.950, segundo Reuters e Associated Press, citando a agência iraniana Irna. Mais cedo, o vice-presidente da Organização de Gestião de Crises do Irã, Behnam Saidi, tinha afirmado que ao menos 207 pessoas morreram e 1.686 tinham ficado feridas, mas ele não descartava um aumento no número de vítimas.

Já no Iraque, o tremor deixou seis mortos na província de Suleimaniya, que fica na região do Curdistão iraquiano. O terremoto, que ocorreu às 21h18 (horário local, 16h18 em Brasília), atingiu todas as províncias do Iraque e foi sentido na capital Bagdá por 20 segundos.

Habitantes de Sarpol-e Zahab, no Irã, buscam abrigo após terremoto (Foto: Agência de notícias Tasnim/Reuters)

Habitantes de Sarpol-e Zahab, no Irã, buscam abrigo após terremoto (Foto: Agência de notícias Tasnim/Reuters)

No Irã, o tremor foi sentido em várias províncias, sendo que a mais atingida foi Kermanshah. Na cidade de Sarpol-e Zahab, a cerca de 15 km da fronteira com o Iraque, o principal hospital ficou gravemente danificado. As populações de Ghasr Shirin (na fronteira), Sarpul e Azgale foram estão entre as mais afetadas.

Cortes de energia elétrica foram registrados nos dois países. As autoridades iraquianas solicitaram aos moradores de Darbandajan que durmam fora de suas casas. O mesmo cenário registrado na província iraniana de Ilam, onde alguns habitantes foram aconselhados a deixar a região por precaução.

Homem é fotografado sentado sobre destroços, nesta segunda-feira (13), após tremor que atingiu a província iraniana de Kermanshah  (Foto: Tasnim News Agency/ Reuters)

Homem é fotografado sentado sobre destroços, nesta segunda-feira (13), após tremor que atingiu a província iraniana de Kermanshah (Foto: Tasnim News Agency/ Reuters)

O tremor também foi sentido no sudeste da Turquia, perto da fronteira com Irã e Iraque. Na cidade de Diyarbakir, os habitantes saíram de suas casas durante o terremoto, mas retornaram pouco depois. Não houve registro de vítimas.

Falhas geológicas

O Irã fica situado em uma região com diversas grandes falhas geológicas e é um dos países mais ativos do mundo sismicamente.

Em 2003, um terremoto de magnitude 6,6 destruiu a cidade histórica de Bam, no sudeste do país, matando cerca de 26 mil pessoas.

Carro destruído sobre destroços de prédio após terremoto na cidade de Sarpol-e-Zahab, no Irã (Foto: ouria Pakizeh/ISNA/AP)

Carro destruído sobre destroços de prédio após terremoto na cidade de Sarpol-e-Zahab, no Irã (Foto: ouria Pakizeh/ISNA/AP)

Em 2003, um terremoto na cidade de Bam, província de Kerman (sudeste do Irã) matou 31 mil pessoas e a cidade ficou praticamente destruída.

Em abril de 2013, dois terremotos foram registrados no Irã, com poucos dias de intervalo, de magnitude 6,6 e 7,7, o mais forte no país desde 1957, segundo a France Presse.

Em junho de 1990, um terremoto de 7,4 graus no Irã, perto do mar Cáspio (norte), deixou 40 mil mortos e mais de 300 mil feridos, além de meio milhão de desabrigados. Em poucos segundos, uma superfície de 2.100 quilômetros quadrados, onde ficavam 27 cidades e 1.871 vilarejos nas províncias de Ghilan e Zandjan, ficou devastada.

Mapa de terremoto no Iraque (Foto: Alexandre Mauro/G1)

Mapa de terremoto no Iraque (Foto: Alexandre Mauro/G1)

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