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'Simulador de Escravidão': Google tira do ar jogo que permitia torturar e castigar negros

No jogo, o usuário simulava ser um proprietário de escravos

'Simulador de Escravidão': Google tira do ar jogo que permitia torturar e castigar negros - Imagem: reprodução
'Simulador de Escravidão': Google tira do ar jogo que permitia torturar e castigar negros - Imagem: reprodução

Nathalia Jesus Publicado em 24/05/2023, às 15h31


Até essa quarta-feira (24), caso algum usuário acessasse a loja de aplicativos do Google, era possível encontrar um jogo chamado 'Simulador de Escravidão', onde era possível simular a tortura e castigos contra pessoas pretas.

No jogo, o usuário poderia simular ser um proprietário de escravos, onde, a cada partida, era possível escolher entre duas modalidades: tirana ou libertadora. Na primeira, a proposta do jogo é fazer lucro e impedir fugas e rebeliões. Na segunda, lutar pela liberdade e chegar na abolição.

Entre as opções mais polêmicas do jogo estão agredir e torturar o "escravo".  O aplicativo foi produzido pela Magnus Games e tinha pouco mais de mil downloads além de 70 avaliações na loja de aplicativos do Google. Nos comentários, algumas pessoas reclamavam da pouca variedade de agressões.

A responsável por produzir o game, Magnus, incluiu na plataforma que o "jogo foi criado para fins de entretenimento" e que condena a escravidão no mundo real. De acordo com apuração do g1, o jogo ainda aparece no sistema de aplicativos do Google, mas os usuários não conseguem baixar. Quem já tinha o app no smartphone, ainda consegue jogar.

O jogo está disponível pelo menos desde o dia 22 de maio, no início da semana, mas viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira (24). Após a repercussão, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que irá entrar com uma representação no Ministério Público por crime de racismo.

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