A Secretaria de Saúde de Catanduva (SP) está investigando a morte de um morador, que pode ter morrido infectado por malária. Essa doença é transmitida por um mosquito, é grave, mas ela não passa de uma pessoa para outra. Por isso, a população não precisa se assustar, informou a pasta.
Carlos tinha chegado recentemente do Congo, na África, onde trabalhou durante quatro meses para uma empresa multinacional. A enteada Thaia Tiene conta que logo que chegou ao Brasil o padrasto teve febre muito alta e procurou atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). “Na UPA fizeram exames, viram que a plaqueta estava baixa e diagnosticaram como dengue, ele estava há 15 dias no Brasil vindo do Congo. As plaquetas baixaram de 54 mil para 15 mil, era um estado grave”, afirma a enteada.
Os médicos suspeitaram de dengue, mas como Carlos piorou foi encaminhado ao Hospital Padre Albino. Segundo a família, os médicos foram avisados do risco de malária, já que o paciente estava numa área em que os casos da doença são comuns. “Alertamos a sorologia para a malária, de alto risco para contaminação, eles só pediam calma”, diz.
Na declaração de óbito constam que três doenças podem ter provocado a morte: dengue, febre amarela e malária. A malária é transmitida pelo mosquito anófeles, parecido com o pernilongo, ele pica as pessoas principalmente ao entardecer e à noite. Somente as fêmeas podem transmitir a doença.
Nos últimos dias, segundo a família, Carlos teve todo os sintomas da malária: calafrios fortes, dor de cabeça, náuseas, sudorese e a febre alta. A família acusa os médicos de negligência. “Ele foi diagnosticado errado e tratado errado, não teve o tratamento que deveria, e deu no final que ninguém queria”, diz Thaia.
A secretaria municipal de saúde de Catanduva acompanha o caso. Por enquanto eles trabalham com a suspeita de malária e aguardam os laudos que devem comprovar qual foi a casa da morte do paciente.
“Na nossa região não é área rotineira para esse tipo de patologia, nem temos o mosquito que transmite a doença. Agora é acompanhar a família para ver se tem sintomas. Isso se for confirmada a malária, mas por enquanto é suspeita de várias outras patológicas, como febre amarela, dengue e malária porque os sintomas são parecidos”, diz o secretário de Saúde, Ronaldo Gonçalves Júnior. A assessoria de imprensa do hospital foi procurado, mas não respondeu sobre o atendimento.