É comum ouvir relatos sobre pessoas que sentiram enjoo em cruzeiros. Porém, esse é um problema que quando investigado e cuidado, pode ser facilmente
Redação Publicado em 19/01/2020, às 00h00 - Atualizado às 22h06
É comum ouvir relatos sobre pessoas que sentiram enjoo em cruzeiros. Porém, esse é um problema que quando investigado e cuidado, pode ser facilmente resolvido, não atrapalhando em nada a experiência da viagem.
Você já se perguntou por que algumas pessoas se sentem nauseadas em cruzeiros e outras não? Pelo que explica o otorrinolaringologista Ulisses Ribeiro, isso acontece porque existem pessoas que têm o labirinto mais sensível. Segundo ele, o labirinto faz parte de um conjunto de órgãos que controla o nosso equilíbrio.
Quando as pessoas têm o seu equilíbrio acometido por conta do mareio, elas podem possuir uma afecção chamada cinecitose ou “mal do movimento”. Ela se caracteriza por uma sensação de tontura causada por movimentos. A condição gera enjoos não apenas em alto mar, mas também nas viagens de ônibus e automóveis.
A cinecitose acontece pois o nosso organismo recebe estímulos de diversas áreas. Enquanto os nossos olhos estão vendo tudo calmo e estático, o nosso corpo consegue sentir o balanço do mar. Por conta desses estímulos opostos, o cérebro fica confuso e o resultado é essa sensação ruim.
Alguns exercícios simples podem ajudar a prevenir esse quadro, como por exemplo mover os olhos enquanto a cabeça está parada ou mover a cabeça enquanto os olhos estão num ponto fixo, adaptando-se melhor ao movimento. Além disso, se você já está viajando, procure locais mais no centro e no alto, onde a embarcação balança menos.
Outra dica é evitar locais muito cheios ou tumultuados, com pouca circulação de ar ou cheiros muito fortes. Ambientes assim podem desencadear a náusea, já que causam um maior conflito de sentidos.
A alimentação pode interferir também nos sintomas da afecção.”Bebidas alcoólicas e alguns alimentos gordurosas podem influenciar na piora dos sintomas. Quando viajar, o recomendado é procurar uma dieta leve”, comenta Ribeiro.
De acordo com ele, hoje em dia existem diversas formas de prevenir essa patologia, como por exemplo através dos medicamentos adesivos. Eles são anti náuseas, não agridem o tubo digestivo ou o fígado e agem a nível cerebral, evitando o aparecimento da cinecitose. Podem também ser chamados de “transdérmicos” e devem ser prescritos por um médico otorrinolaringologista.
Ribeiro afirma ainda que a princípio, todas as pessoas podem tomar remédios para enjoo (como Dramin, por exemplo), mas que sempre devem consultar um médico, de preferência um otorrino, para avaliar o problema e sua causa específica.
IG
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