O viaduto está localizado na pista expressa da marginal, no sentido da rodovia Castello Branco, em frente ao Parque Villa-Lobos, na Zona Oeste. Também na tarde desta segunda, a Prefeitura liberou trechos da pista expressa da Marginal (veja arte ao final da reportagem).
Segundo o secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, Vitor Aly, a janela aberta na estrutura do viaduto é um buraco de 70 cm por 70 cm que foi aberto no chão. Isso possibilita que os técnicos visualizem a estrutura por dentro.
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“É um local confinado, não temos aberturas entre as travessas. Então, em função disso, vamos ver quais são as possibilidades que a gente tem de trabalhar em uma situação como essa. Abrimos agora, foi feita a primeira vistoria, os técnicos pediram para pensar um pouco quais serão os procedimentos que a gente vai tomar no sentido de ver qual é a medida mitigativa a ser tomada”, explicou Aly.
Prefeito e engenheiros da Prefeitura vistoriam a obra de escoramento de viaduto que cedeu na Marginal Pinheiros — Foto: Lívia Machado/G1
Projeto
O viaduto foi construído no final da década de 1970 pelo governo do estado. Seu projeto, porém, não foi encontrado até agora. A Prefeitura disse que pediu ajuda da administração estadual para encontrar o documento.
“Entramos em contato com o secretário estadual dos Transportes, o Mario Mondolfo, falamos com ele agora há pouco, e ele me pediu até quarta-feira (22), porque hoje é feriado prolongado em São Paulo, então na quarta-feira ele vai determinar uma busca junto ao DER”, disse.
Segundo a assessoria da secretaria estadual, equipes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) já estão em busca de informações sobre o projeto.
Ainda de acordo com Aly, a Fepasa, extinta companhia ferroviária que administrava os trens de São Paulo, não deve ter o documento. “A gente não tem muito otimismo em relação a isso, porque o arquivo da Fepasa há alguns anos atrás sofreu um incêndio”, disse.
“Estamos pedindo para os depositários dos ativos do estado para ver se existe essa documentação e estamos entrando em contato também com o pessoal do DER para ver se a gente acha, e também estamos entrando em contato com a empreiteira da época, que foi a CBPO [Odebrecht], que executou a obra”, acrescentou.
Questionado nesta tarde o que fará caso não encontre o documento, Aly disse que já há tecnologia para uma “retroanálise” da estrutura do viaduto, “para ver quais foram os problemas que aconteceram com a estrutura, e a partir daí que vamos conseguir ter uma solução”.
“Se eu não tiver o projeto, vou ter que estudar a estrutura para saber como ela foi feita, foi projetada. É um tempo a mais que eu perco, mas não vai prejudicar em nada”, acrescentou.
Técnicos trabalham na sustentação do viaduto que cedeu na Marginal Pinheiros — Foto: Livia Machado/G1
Vistoria
Vitor Aly, o prefeito Bruno Covas (PSDB) e técnicos fizeram nesta tarde uma nova vistoria no viaduto. Segundo Covas, não é possível ainda dizer que tipo de engenharia será usada na obra nem qual o prazo para finalizar.
“A vistoria mostra a complexidade das obras. Vocês podem perceber a quantidade de material usada só para a fase de escoramento. Depois vem as estacas, depois macaqueamento. Só aí vamos ter a ideia de qual a engenharia necessária e qual o prazo necessário para poder terminar essas obras”, declarou.
A ideia dos engenheiros é que sejam usados macacos hidráulicos para reerguer o viaduto até o nível onde estava antes. Serão usadas dez estacas para dar sustentação ao equipamento.
“Não há processo mais seguro do que este que está sendo feito pela Prefeitura”, disse Covas após a vistoria.
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CPTM
O secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras disse que a prioridade atualmente é salvar a estrutura abalada do viaduto e oferecer garantias de segurança para circulação de trens sob o viaduto que cedeu.
“Os trens que passam embaixo do viaduto fazem com que a estrutura vibre. Estrutura está abalada, o que estamos tentando fazer é segurar ela, dar estabilidade. O risco de desabar diminuiu. Vamos definir depois que estabilizar. Não tem prazo, precisamos ter certeza de que a estrutura está estabilizada e segura.”
Aly afirmou ainda que “é uma obra de porte, não é uma obra fácil de ser feita, o que estamos querendo garantir a todos é a segurança de quem vai trabalhar”.
“A estrutura está estável e por isso aumentamos o efetivo, se durante a madrugada movimentar, vai diminuir efetivo por questão de segurança. A ação é de salvar o tabuleiro, ter o mínimo de problemas com a estrutura para que a gente consiga devolver a cidade de são Paulo a Marginal Pinheiros.”
Arte mostra trechos que foram liberados na pista expressa da Marginal Pinheiros — Foto: Arte/G1
Infográfico mostra como será o trabalho de escoramento de viaduto que cedeu na Marginal Pinheiros — Foto: Alexandre Mauro/G1
