Apesar de poder ser interpretada como uma manobra para pressionar o Congresso norte-americano a endurecer as leis migratórias, o presidente dos Estados
Redação Publicado em 29/06/2018, às 00h00 - Atualizado às 13h35
Apesar de poder ser interpretada como uma manobra para pressionar o Congresso norte-americano a endurecer as leis migratórias, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, merece os parabéns por voltar atrás da política de tolerância zero contra imigrantes ilegais. Com muita frieza, Trump parece ter conseguido o que queria: chocar os quatro cantos do mundo com imagens de crianças e bebês aos prantos, clamando pelos pais, sem saber seu paradeiro. Tudo isso em salas que mais parecem verdadeiras celas, sob olhares atentos de vigias.
Para quem foi eleito com um discurso xenofóbico e prometendo construir um muro de nove metros de altura e centenas de quilômetros de extensão a um custo de 25 bilhões de dólares, não dá para dizer que é uma atitude surpreendente.
Trump tem todo o direito de buscar alternativas para restringir os imigrantes ilegais, e é bom lembrar que ele tem o respaldo da maioria da população norte-americana, que comprou seu discurso segregacionista do “America First”, ou “Primeiro a América”, numa tradução livre.
O que não se pode admitir é que o homem mais poderoso do mundo aparte pais e mães de seus filhos, mantenha-os em jaulas e afronte os direitos humanos, direitos esses regidos pelo Conselho das Nações Unidas, do qual os Estados Unidos anunciaram sua retirada há alguns dias – outra atitude que não chega a causar surpresa.
Os Estados Unidos são o país mais rico do mundo, com uma economia liberal e que, apesar de ter inúmeros problemas sociais, também, atraem milhares de cidadãos do mundo todo, principalmente da América Latina, que partem em busca do sonho americano numa tentativa de acessar uma vida digna que seus países de origem, pobres, não podem proporcionar.
Fica a questão: os Estados Unidos interferem em disputas políticas em todos os continentes, provocando guerras nas quais, além das vidas de jovens soldados, perdem milhões e milhões de dólares. Estão dispostos a gastar 25 bilhões de dólares para construir uma muralha que os isole do contato com a América Latina. E se investissem toda essa fortuna patrocinando políticas sociais, incentivos tecnológicos e relações comerciais não-exploratórias com seus vizinhos latinos?
Colaborando para diminuir o abismo econômico que os separa dos países pobres e em desenvolvimento que os cercam, os Estados Unidos contribuiriam muito para diminuir drasticamente o número de imigrantes ilegais de um jeito muito melhor, ou seja, sem violar direitos e cometer atrocidades como as que vimos nas últimas semanas.
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