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Obras do Museu Nacional só serão concluídas em 2025

Mesmo com a previsão de reabrir parcialmente o Museu Nacional para as comemorações do bicentenário da independência do Brasil, em 2022, a reforma completa do

Obras do Museu Nacional só serão concluídas em 2025
Obras do Museu Nacional só serão concluídas em 2025

Redação Publicado em 11/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 16h58


Reabertura parcial está prevista para 2022

Mesmo com a previsão de reabrir parcialmente o Museu Nacional para as comemorações do bicentenário da independência do Brasil, em 2022, a reforma completa do palácio imperial Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, destruído por um incêndio no dia 2 de setembro de 2018, só deve ser concluída em 2025.

A previsão está no cronograma da nova estrutura de governança do museu, apresentado hoje (11) durante o seminário Planejamento dos espaços de guarda de coleções em museus: Sustentabilidade, Conservação e Segurança, coordenado pelo Museu Nacional-UFRJ, com apoio do British Council e parceria com Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU-RJ).

Segundo a coordenadora do projeto Museu Nacional Vive, a arquiteta Lucia Bastos, a expectativa é entregar em 2022 toda a restauração das fachadas, da cobertura e dos jardins.

“O projeto vai ser concluído em setembro de 2021, a gente inicia as obras internas em fevereiro e termina a fachada e cobertura do bloco 1 e dos outros blocos em julho. Nossa expectativa de entrega para o bicentenário, o que é tecnicamente viável, é terminar a restauração das fachadas de todos os blocos, a construção da nova cobertura, o jardim frontal e o jardim das princesas. Eu acho que isso já é uma grande entrega para o grande público, para os usuários da Quinta e para a comunidade”.

Cronograma

Pelo cronograma, está previsto para março de 2020 a conclusão do projeto da cobertura e fachada do bloco 1 do palácio e em abril começa a recuperação dos bens integrados do mesmo bloco. Em maio finaliza-se o resgate nos escombros do incêndio e começam a ser feitos os projetos de arquitetura, para em julho começarem as obras na fachada e na cobertura.

Para 2021, em janeiro começam as obras nas fachadas e cobertura dos blocos 2, 3 e 4, em março a área acadêmica será transferida para o novo Campus das Cavalariças, que já estão em obras. Em abril termina a reforma da biblioteca do horto, em julho começam as obras nos jardins do palácio e em setembro terminam de ser feitos os projetos de arquitetura.

Em fevereiro de 2022 começam as obras na parte interna do paço e no anexo, em março terminam as obras da fachada e cobertura do bloco 1, em maio começa a produção da museografia, em julho terminam as obras da fachada e cobertura nos blocos 2, 3 e 4 e em agosto serão finalizadas as obras dos jardins.

Para 2023 estão previstas as obras no interior do paço e no anexo, com término em 2024, quando também será iniciada a museografia e a montagem da exposição, a ser finalizada em maio de 2025.

“A gente entende que esse trabalho tem que ser muito integrado, porque na concepção de um museu você trabalha com o tripé da arquitetura, a museografia e o conteúdo. Não dá para isso ser descolado, então a gente está junto no cronograma, está tudo amarrado. Esse é o grande desafio, a gente tem que caminhar todos abraçados”.

Até o momento, o Museu Nacional conseguiu levantar R$ 164 milhões, o que não é o suficiente para toda a recuperação. São R$ 56 milhões em emendas parlamentares, aplicados no Campus das Cavalariças; R$ 16 milhões disponibilizados pelo Ministério da Educação (MEC), indo R$ 11 milhões para as primeiras ações emergenciais e R$ 5 milhões para a Unesco auxiliar nos projetos da reconstrução; R$ 21,7 milhões disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destinados à construção do prédio administrativo das Cavalariças e à reforma da biblioteca do horto; R$ 20 milhões prometidos pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), para a reforma das fachadas e coberturas; e R$ 50 milhões em recursos não incentivados da Vale, sendo R$ 13,8 milhões para a Unesco fazer frente aos projetos técnicos complementares de museografia e arquitetura.

ABr

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