O novo portal do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) deve gerar uma economia de até R$ 25 milhões para o governo federal nos próximos cinco anos. A avaliação
Redação Publicado em 24/01/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h02
O novo portal do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) deve gerar uma economia de até R$ 25 milhões para o governo federal nos próximos cinco anos. A avaliação é do ministro da Educação, Abraham Weintraub, para quem a iniciativa também vai auxiliar na realização da versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A aplicação do exame será opcional e a estimativa inicial é de 50 mil participantes, podendo chegar aos 100 mil.
Lançado na última segunda-feira (21), o novo portal tem um sistema responsivo que concentra as informações na nuvem, tecnologia que possibilita acessar arquivos e executar diferentes tarefas pela Internet, sem a necessidade de instalar aplicativos no computador.
“Migrar para a nuvem é fundamental, ainda mais com o objetivo de fazer o Enem digital no futuro”, disse o ministro, em entrevista exibida hoje (24) pela TV Brasil.
“No ano passado, gastamos R$ 2,5 milhões [com o sistema] e neste ano vamos deixar de gastar R$ 15 milhões. Nos próximos cinco anos, vamos economizar R$ 25 milhões. Então, é uma economia muito expressiva, uma economia de R$ 2 milhões, R$ 3 milhões. já é uma escola a mais, uma creche a mais”, acrescentou.
O novo portal permite acessar o Sisu pelo computador, celular ou tablet e gerar relatório diretamente da página.
De acordo com o ministro, a medida possibilitou atender à demanda de inscrição. “Foi uma decisão acertada, pois a demanda do Sisu, neste ano, foi muito acima do no ano passada. O recorde por minuto de acessos era de 3.500 e, neste ano, foi para sete mil acessos”, afirmou.
Weintraub falou ainda sobre a lentidão apresentada pelo sistema na terça-feira (21), quando começou o período de inscrições. De acordo com o ministro, a instabilidade ocorreu devido ao grande número de acessos em um curto espaço de tempo.
“As pessoas têm a semana toda para acessar o sistema, mas todo mundo quer acessar o sistema no primeiro minuto, no primeiro momento. Com essa tecnologia nova, há muita resposta via acesso de celular, mobile e, com isso, as pessoas estão usando mais o celular, o que demanda mais capacidade. O sistema teve um ajuste, gerou uma certa lentidão no primeiro dia, mas ninguém saiu prejudicado”, disse Weintraub.
Após o problema, o Ministério da Educação decidiu prorrogar as inscrições no Sisu até as 23h59 de domingo (26), dois dias a mais do que o estipulado no edital.
Balanço divulgado na manhã de ontem (23) pela pasta mostra que 2.772.054 já haviam sido realizadas.
“A gente está migrando cada vez mais para as mesmas abordagens que são feitas na iniciativa privada. É nuvem, são processos mais modernos. O objetivo é atender bem ao usuário, sabendo que, na iniciativa privada, quando há um pico de demanda como esse, também acontecem gargalos. Com a nuvem, conseguimos reagir rapidamente”, afirmou.
EBC
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