O caso do candidato indicado pelo presidente americano à Suprema Corte dos Estados Unidos ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (26) depois que uma nova
Redação Publicado em 26/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h18
O caso do candidato indicado pelo presidente americano à Suprema Corte dos Estados Unidos ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (26) depois que uma nova denunciante surgiu e fez acusações de ordem sexual que complicam ainda mais seu caso.
Julie Swetnick afirma em um comunicado divulgado por seu advogado que viu o juiz Brett Kavanaugh “ter condutas muito inapropriadas” com outras mulheres durante festas em que estavam presentes na década de 1980. Ela inclusive informou que sofreu um estupro coletivo durante uma das festas em que Kavanaugh estava.
Julie não afirmou explicitamente ter sido estuprada por Kavanuagh, mas diz que o agora juiz “bebia excessivamente e tinha um comportamento fisicamente agressivo em relação às mulheres”, incluindo o fato de que “apalpou e agarrou as meninas sem o consentimento delas”.
Ela diz ainda que soube nos anos 80 que Kavanaugh e um amigo “turbinavam” as bebidas com drogas para fazer as garotas ficarem mais “desinibidas”. E que testemunhou os mesmos dois fazerem meninas ficarem desorientadas para que pudessem sofrer estupros coletivos. Ela ainda diz que se lembra firmemente de que em algumas das festas que frequentava havia filas de garotos na porta de algum quarto à espera de entrar e ter sua vez para abusar de alguma menina que estivesse inconsciente lá dentro. E que Kavanaugh e seu amigo também esperavam na fila.
Julie é a terceira mulher a levantar graves suspeitas contra Kavanaugh. Nesta terça (25), o presidente americano, Donald Trump, atacou a segunda mulher que acusa o juiz Brett Kavanaugh de má conduta sexual, descartando seu relato porque ela estava “totalmente embriagada”. Ele acusou os democratas de jogarem um “jogo de trapaças” em uma tentativa de impedir que seu indicado seja nomeado para a Suprema Corte.
Em comentários a repórteres após seu discurso nas Nações Unidas, Trump mirou em Deborah Ramirez, colega de Kavanaugh na Universidade de Yale, que disse à revista “New Yorker” que o caso ocorreu entre os anos de 1983 e 1984. De acordo com ela, Kavanaugh tirou a roupa, bêbado, durante uma festa em uma residência de estudantes, colocou o pênis em seu rosto e a fez tocá-lo sem seu consentimento, enquanto ela tentava tirá-lo de cima.
“A segunda acusadora não tem nada”, disse Trump a repórteres. “Ela admite que estava bêbada”.
Como noticia o “Washington Post”, o presidente rejeitou a noção de que a alegação da mulher pode ser desqualificante para Kavanaugh, dizendo de forma irônica: “Oh, puxa, não vamos fazer dele um juiz da Suprema Corte por causa disso.”
Trump já havia defendido Kavanaugh anteriormente das acusações sexuais, dizendo que está com ele “até o fim’.
A primeira mulher a acursar o juiz, Christine Blasey Ford, disse que elea assediou no ensino médio. Ela afirma que ele tampou sua boca e tentou tirar sua roupa. Ford e Kavanaugh devem testemunhar na quinta-feira no Senado. Ele nega as alegações.
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