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Mourão diz que fala de filho de Bolsonaro sobre STF foi ‘arroubo juvenil’

O candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão, disse que a declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) sobre fechar

Mourão diz que fala de filho de Bolsonaro sobre STF foi ‘arroubo juvenil’
Mourão diz que fala de filho de Bolsonaro sobre STF foi ‘arroubo juvenil’

Redação Publicado em 22/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 17h16


O candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão, disse que a declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) sobre fechar o Supremo Tribunal Federal (STF) é ‘ruim’, mas classificou-a de “arroubo juvenil”. Ele disse que esta hipótese – de fechar o STF – em um eventual governo Bolsonaro, “não existe”.

“Como é que vai fechar o STF? Precisaria de Forças Armadas – que jamais apoiariam isso. Risco é zero”, disse ao blog.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro, filho do candidato à Presidência Jair Bolsonaro afirmou que para fechar o STF basta “um soldado e um cabo”.

Mourão criticou a repercussão em comparação com a declaração do deputado federal Wadih Damous, do PT, que falou em fechar o STF no começo do ano, em razão da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Quando o deputado petista propôs, nem FHC nem a imprensa se escandalizaram ou chamaram-no de fascista”, criticou o general.

O presidente do PSL, Gustavo Bebiano, afirmou ao blog que a fala de Eduardo Bolsonaro foi uma manifestação “decorrente de um questionamento hipotético que trouxe à tona uma discussão absurda que sequer se cogita”.

Ele disse ter “certeza” de que o deputado “aprecia e defende a democracia a exemplo do seu pai”.

“Tanto o PSL como o candidato têm incondicional respeito pelas instituições do país e pela divisão dos Poderes, confiando que cada um exercerá da melhor maneira o seu papel. O PSL e o candidato defendem a democracia em todos os seus aspectos – ao contrário do PT, que aprecia e financia ditaduras contemporâneas como Cuba e Venezuela”, disse o presidente do PSL.

‘Day after’

Na última sexta-feira (19), Mourão almoçou com Paulo Guedes, economista da campanha, para discutir os próximos passos da equipe de Bolsonaro se forem eleitos.

“Estamos discutindo o day after, principalmente afinando o discurso nos projetos e na economia”, disse Mourão.

Entre os temas, a necessidade das reformas da Previdência e tributária, além da diminuição da máquina federal.

“Não adianta falar em corte de cargos sem estudar o tamanho da máquina. Precisamos enxugar ministérios e cargos urgentemente mas, antes, fazermos um estudo para saber o que dá para juntar, o que dá para fazer”, afirmou Mourão.

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