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Luciano Hang pede que investigação do Facebook não seja usada em ação do TSE

O empresário Luciano Hang (foto), dono das Lojas Havan, pediu que dados da apuração interna do Facebook, que resultou na suspensão de perfis bolsonaristas,

Luciano Hang pede que investigação do Facebook não seja usada em ação do TSE
Luciano Hang pede que investigação do Facebook não seja usada em ação do TSE

Redação Publicado em 18/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 21h25


O empresário pediu que dados da apuração do Facebook não sejam usados na ação do TSE que mira a contratação de disparos de mensagens com informações falsas na campanha de 2018

O empresário Luciano Hang (foto), dono das Lojas Havan, pediu que dados da apuração interna do Facebook, que resultou na suspensão de perfis bolsonaristas, não sejam usados na ação do Tribunal Superior Eleitoral que mira a contratação de disparos de mensagens em massa com informações falsas na campanha de 2018, para beneficiar a chapa formada por Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão.

O pedido de inclusão das informações nos processos partiu da coligação “O Brasil Feliz de Novo (PT/PCdoB/PROS)”. Os advogados querem que o relator das ações, Og Fernandes, acione o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para acessar toda a documentação relacionada à investida do Facebook contra bolsonaristas anexada a dois inquéritos.

Um sobre o financiamento e a promoção de atos antidemocráticos e outro sobre a difusão de notícias falsas e supostos ataques a integrantes do STF.

A resposta de Hang foi enviada a Og Fernandes na segunda-feira, 17. No documento, a defesa diz que o empresário está “ciente de sua inocência” e não teme o compartilhamento de provas. Contudo, argumenta que não há conexão entre a investigação do Facebook, que derrubou contas devido ao “comportamento inautêntico coordenado”, e a ação que corre no TSE.

“A investigação e esta ação têm objetos distintos, de modo que não há nenhuma pertinência jurídica (e até mesmo lógica) na pretensão de aproveitamento de provas eventualmente produzidas pelo Facebook.

A verdade é que a coligação não foi capaz de demonstrar minimamente as afirmações da petição inicial e agora, após a instrução, pretende lançar a sorte em outros processos que não guardam nenhuma relação com este feito”, pontuam os advogados.

Intimados a dizer se concordam ou não com o compartilhamento de provas, Bolsonaro e Mourão ainda não se manifestaram ao TSE. O Ministério Público Eleitoral apresentará um parecer sobre o caso.

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CRUSOÉ

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