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Juiz de garantias só vale para casos novos, diz deputada autora da proposta

A deputada Margarete Coelho (PP-PI), autora da proposta do juiz garantias que foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro , disse

Juiz de garantias só vale para casos novos, diz deputada autora da proposta
Juiz de garantias só vale para casos novos, diz deputada autora da proposta

Redação Publicado em 27/12/2019, às 00h00 - Atualizado às 08h58


Responsável por criar a proposta, Margarete Coelho (PP-PI) disse que investigações que já estão em andamento não serão afetadas pela medida

A deputada Margarete Coelho (PP-PI), autora da proposta do juiz garantias que foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro , disse nesta quinta-feira (26) em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo que o texto não vale para investigações que já estão em andamento.

“No meu entender, não haverá alterações nos processos em andamento. Apenas nos novos processos e à medida em que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e as Corregedorias distribuírem as funções e designarem os juízes de garantias”, afirmou.

Satisfeita com a aprovação da lei, a deputada nega que a medida seja uma resposta à Lava Jato ou tenha alguma relação com a Vaza Jato, série de reportagens do site The Intercept Brasil que revelou supostas trocas de mensagens entre o então juiz Sergio Moro e procuradores, incluindo Deltan Dallagnol . “Não tem, gente, olha, sinceramente, graças a Deus, não tem absolutamente nada a ver com Moro.”

De acordo com a parlamentar, o texto já tinha sido proposto quando as reportagens começaram a ser publicadas, mas a discussão dele só começou em agosto.

Margarete também disse que essa prática já é comum na Justiça Federal do Paraná. “A juíza Gabriela Hardt atua só na fase do inquérito policial, antes do oferecimento da denúncia. Portanto, o juiz de garantias não vai alterar em nada a situação da Lava Jato. Só estender a ‘boa prática’ da Lava Jato a outros juízos!”, disse.

Segundo a Justiça Federal do Paraná, no entanto, a designação da juíza não tem relação com o que a nova lei estabeleceu para “juiz de garantia”.

iG

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