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Greve de funcionários fecha pronto-socorro de hospital em Bilac

A situação do único hospital de Bilac (SP), que já estava ruim por causa de uma greve, ficou ainda pior nesta sexta-feira (17) depois que o pronto-socorro,

Greve de funcionários fecha pronto-socorro de hospital em Bilac
Greve de funcionários fecha pronto-socorro de hospital em Bilac

Redação Publicado em 17/02/2017, às 00h00 - Atualizado às 18h28


Associação diz que não tem condições de manter o serviço.
Prefeito de Bilac diz que uma proposta já foi feita.

A situação do único hospital de Bilac (SP), que já estava ruim por causa de uma greve, ficou ainda pior nesta sexta-feira (17) depois que o pronto-socorro, que vinha funcionando parcialmente, parou de vez. Até então, o pronto-socorro estava fechando durante à noite, e agora está fechado de vez.

A associação que administra o hospital diz que não tem condições de manter o serviço por falta de repasse de verba. Os funcionários também estão em greve por atrasos nos pagamentos. O impasse já dura mais de duas semanas e quem depende de atendimento está tendo de ir para outra cidade.

Os moradores estão muito preocupados porque o pronto-socorro é o único da cidade, que tem mais de sete mil habitantes. Além disso, a unidade também é referência para outras três cidades.
A decisão de suspender o atendimento foi comunicada numa nota. A associação, responsável pelo hospital, disse que o serviço foi interrompido porque não chegou a um acordo com as prefeituras, sobre os valores dos repasses de verbas.

O PS já vinha funcionando só durante o dia desde o fim do mês passado quando  os funcionários entraram em greve por causa do atraso no pagamento dos salários de dezembro e janeiro. O 13º salário de 2015 e 2016 também ainda não foi pago. “Foram feitas reuniões e não foi resolvido nada e por isso entramos em contato com o sindicato e resolvemos fazer a greve para ver se resolve alguma coisa”, afirma a técnica em enfermagem Sirlene Botini.

Mais de cem pessoas percorreram as ruas da cidade  (Foto: Reprodução/TV TEM)

Mais de cem pessoas percorreram as ruas da cidade (Foto: Reprodução/TV TEM)

Segundo a associação a situação chegou a esse ponto porque o repasse de verbas da prefeitura de Bilac não é feito há um ano e meio e o custo para manter tudo funcionando é de R$ 190 mil por mês. O prefeito de Bilac, Vitor Botini, diz que uma proposta já foi feita e o município não tem mais dinheiro para oferecer. “Fiz uma proposta de R$ 30 mil mais o custeio do lixo hospitalar, e ambulância com despesas de combustível e manutenção. Não tive retorno e falaram que é inviável o valor. Pela realidade do município, é o que podemos passar”, afirma o prefeito.

A responsabilidade legal de manter atendimento de emergência é sempre dos municípios. Gabriel Monteiro (SP), Piacatu (SP) e Santópolis do Aguapeí (SP), que são as outras  cidades que mandam pacientes para unidade de Bilac, disseram não ter condições de repassar os valores pedidos pela associação.

O Ministério Público, que está acompanhando o caso e já intermediou uma das negociações entre hospital e prefeituras, está com um inquérito aberto desde o ano passado para apurar a situação do hospital. Além disso, o MP enviou nesta sexta-feira (17) para as prefeituras de Bilac, Gabriel Monteiro e Piacatu uma recomendação para que o problema seja resolvido em até cinco dias úteis, a fim de evitar medidas judiciais.

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