O Ministério da Saúde admitiu que o Brasil vive uma epidemia de sífilis, e em São José do Rio Preto (SP), maior cidade do noroeste paulista, os casos também aumentaram nos últimos anos. A doença, transmitida pela relação sexual sem camisinha, é grave e pode infectar também o bebê, se a mulher ficar grávida.
O diagnóstico, na maioria das vezes, difícil de ser aceito, tem se tornado cada vez mais comum. A sífilis é causada pela bactéria treponema pallidum e é transmitida por relação sexual sem camisinha, por transfusão de sangue contaminado ou de forma congênita, de mãe com sífilis para o bebê durante a gestação.
Em adulto, num primeiro estágio a sífilis provoca feridas nos órgãos sexuais e manchas vermelhas pelo corpo. Num estágio mais avançado, podem vir: cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos podendo levar até à morte. Além disso, 40% das mulheres grávidas infectadas podem perder o bebê com aborto espontâneo e quando a criança nasce, as consequências podem ser gravíssimas.
De acordo com os especialistas, essa incidência tão alta tem a ver com dois fatores principais: demora no diagnóstico e falta de proteção nas relações sexuais. “As pessoas não têm mais medo de pegar doenças e deixam de fazer a prevenção e isso é lamentável. É melhor prevenir do que ficar tratando da doença”, afirma a médica Deuzi Gôngora.