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Brasil terá meta de redução de homicídios a partir de 2019, diz ministro

Ministro Raul Jungmann promete redução de 3,5% no número de homicídios no Brasil

Brasil terá meta de redução de homicídios a partir de 2019, diz ministro
Brasil terá meta de redução de homicídios a partir de 2019, diz ministro

Redação Publicado em 26/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h33


Raul Jungmann participou de entrevista coletiva no 1º balanço da Operação Midas, focada em crimes contra patrimônio. Até as 11h, foram cumpridos 273 mandados de prisão preventiva.

Ministro Raul Jungmann promete redução de 3,5% no número de homicídios no Brasil

O Brasil terá uma meta de redução de homicídios a partir do ano que vem, segundo o ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann.

A declaração foi dada nesta quarta-feira (26), durante entrevista coletiva sobre o balanço da Operação Midas, que prende autores de crimes como roubo e latrocínio em 25 estados e no DF. Até as 11h, foram cumpridos 273 mandados de prisão preventiva (leia mais abaixo)

“O Brasil está assumindo e propondo aos estados, e é preciso que todos participem, de uma redução de 3,5% dos homicídios. Como os homicídios vinham crescendo 4% ao ano, se nós conseguirmos a redução até 2019 de 3,5%, nós teríamos reduzido 7,5% os crimes”, afirmou.

No ano passado, o país registrou 59.103 mortes violentas: homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Na entrevista, Jungmann classificou o Brasil como “campeão absoluto de homicídios no mundo”.

  • Brasil registra 3 mil assassinatos em julho; já são 30 mil no ano

A meta será referendada em 22 de outubro, durante reunião do Conselho Nacional do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). “Só é possível propor uma meta nacional como essa a partir do Susp, que está integrando todos os estados”, disse Jungmann.

Balanço da operação

Durante a entrevista, o Ministério da Segurança Pública apresentou o primeiro balanço da Operação Midas, iniciada nesta quarta-feira em 25 estados e no Distrito Federal – apenas Amazonas não participa da operação.

A principal meta, segundo Jungmann, é cumprir prisões preventivas de autores de crimes contra o patrimônio.

Até as 11h desta quarta, 3.745 policiais civis haviam participado da operação. O balanço era o seguinte:

  • 116 mandatos de prisão cumpridos por roubo
  • 3 mandatos de prisão cumpridos por latrocínio
  • 154 mandatos de prisão cumpridos por outros crimes
  • 155 mandados de busca e apreensão cumpridos
  • 60 prisões em flagrante
  • 59 apreensões de adolescentes
  • 31 armas apreendidas
  • 6 carros recuperados

A Operação Midas continuará até o fim desta quinta-feira. Os números finais serão divulgados na sexta-feira (28).

Trabalho simultâneo

Esta é a terceira operação deflagrada a partir de uma parceria de todas as polícias civis do país e coordenada pelo Ministério da Segurança Pública. A primeira, Luz da Infância, combateu crimes de pedofilia, e a segunda, Cronos, teve foco no crime de feminicídio.

Segundo Jungmann, as operações têm sido lançadas de forma simultânea em todo o país para “mostrar a coordenação [das polícias civil] e os ganhos dessa coordenação”.

“Com a operação, nossa meta é tirar de circulação as pessoas que causam sensação de insegurança muito grande à população”, afirmou o presidente do Conselho Nacional de Chefes da Polícia Civil, Emerson Wendt.

 — Foto: TV Globo/Reprodução

— Foto: TV Globo/Reprodução

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