Um olhar sofisticado para algo que é visto como lixo. Essa é a grande sabedoria do artesão que usa a reciclagem como base de seu trabalho.
Redação Publicado em 02/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h51
Um olhar sofisticado para algo que é visto como lixo. Essa é a grande sabedoria do artesão que usa a reciclagem como base de seu trabalho.
Para Tânia Caruzo, moradora de Ibitinga, o bagaço da cana-de-açúcar está longe de ser um material inútil. Ela utiliza o que encontra para criar belas peças de decoração. A ideia surgiu ainda na infância quando ela morava no sítio.
Tânia faz peças de todas as cores, formatos e tamanhos. Para deixar a fibra da cana colorida, a artesã mistura pigmentos naturais, como os que vêm da fervura com pedacinhos de beterraba.
Também é possível misturar outros materiais, como a fibra da bananeira, que ela usa para dar acabamento em potes e travessas. Todos os dias, a artesã sai de garapeiro em garapeiro recolhendo a matéria-prima para a confecção das peças.
Cerca de 10 garapeiros trabalham perto de onde ela mora. Cada um deles produz cerca de 50 quilos de bagaço, ou seja, quase meia tonelada de resíduos por dia. O que servia apenas para alimentar os animais ou ia direto para o lixo, hoje tem uma nova utilidade.
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