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Aeroportos concedidos perdem cerca de 6 milhões de passageiros

Levantamento com base nos balanços divulgados pelas concessionárias mostra que os aeroportos concedidos pelo governo federal perderam cerca de 6 milhões de

Aeroportos concedidos perdem cerca de 6 milhões de passageiros
Aeroportos concedidos perdem cerca de 6 milhões de passageiros

Redação Publicado em 18/12/2016, às 00h00 - Atualizado às 14h12


De janeiro a setembro de 2015, 74,9 milhões de pessoas viajaram; no mesmo período de 2016, foram 68,9 milhões. Novos leilões devem considerar atual cenário de retração.

Levantamento com base nos balanços divulgados pelas concessionárias mostra que os aeroportos concedidos pelo governo federal perderam cerca de 6 milhões de passageiros na comparação entre os primeiros nove meses de 2015 e de 2016.

Os aeroportos concedidos são os de Brasília, Campinas (Viracopos), Guarulhos, Galeão (RJ), Confins (MG) e São Gonçalo do Amarante (RN).

Entre janeiro e setembro de 2015, esses aeroportos receberam 74,9 milhões de passageiros e, no mesmo período de 2016, 68,9 milhões.

A queda no movimento desses aeroportos é uma das dificuldades enfrentadas pelas concessionárias, que chegaram a pedir ao governo – que aceitou – para adiar o pagamento das outorgas (valor que uma empresa paga à União pelo direito de explorar um serviço ou bem público).

As empresas também argumentam que a crise econômica resultou na dificuldade das concessionárias de ter acesso a financiamentos.

Diante desse quadro de retração, o secretário de Política Regulatória de Aviação do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Rogério Coimbra, diz que os próximos leilões estão levando em conta o novo cenário econômico.

Os novos contratos, diz, reduzem os efeitos da demanda muito alta ou muito baixa, por meio de um sistema de “gatilho”. Por esse sistema, alguns investimentos só são exigidos após os aeroportos alcançarem determinado número de passageiros por ano.

Coimbra destaca ainda que o mercado projeta recuperação na procura por voos. “No longo prazo, há otimismo de que essa queda é pontual e que, recuperando o crescimento econômico, o número de passageiros se recupera. A demanda aérea, aliás, reage rápido à melhora na economia”, diz.

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