O “paredão verde” de plantas no corredor Norte-Sul de São Paulo, criado há cerca de um ano, apresenta sinais de abandono e de falta de conservação.
Redação Publicado em 02/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 13h38
O “paredão verde” de plantas no corredor Norte-Sul de São Paulo, criado há cerca de um ano, apresenta sinais de abandono e de falta de conservação.
Na altura do viaduto João Julião da Costa Aguiar, na Bela Vista, há uma parede com plantas secas. Algumas plantas estão morrendo ou já morreram e o gotejador, que deveria irrigar as plantas, estava desligado nesta terça-feira (2).
Em outro trecho do corredor, perto do viaduto Jaceguai, há falta de poda. As plantas estão bem grandes, misturadas, algumas já estão até cobrindo parte da calçada. Neste local, parece que as plantas eles estão bem irrigadas, só que, mais adiante, além das plantas grandes, há trechos em que as plantas morreram.
Na altura do Viaduto Tutóia, também há falta de poda. A samambaia está tão grande que engoliu o radar de trânsito e há mato crescendo no meio das plantas.
Segundo o comerciante Augusto Ribeiro Neto, “dá pra perceber, sim, que ela etá ficando mal cuidada”. “O corredor não está como no começo, era muito bonito, bonito para São Paulo. A ideia é muito boa, não pode ser esquecida, tem que ser mantida”, disse ele.
O jardim vertical do corredor Norte-Sul foi inaugurado em agosto de 2017. Foi a opção da Prefeitura depois de apagar os grafites que cobriam boa parte dos paredões.
São 6km de paredes verdes, 250 mil mudas de 30 espécies. A obra custou quase R$ 10 milhões e foi bancada por uma construtora como compensação ambiental pelo corte de 800 árvores. Pelo acordo, a empresa faria a manutenção até 2020, mas em abril desse ano ela passou o serviço pra prefeitura.
A Secretaria das Subprefeituras informou, por nota, que frequentemente poda, irriga e conserva as plantas, e que o local tem sido alvo de vandalismo. A Prefeitura abriu uma licitação em agosto para escolher uma empresa para fazer o serviço, porque, disse que o grupo responsável não cumpriu o termo de conservação, que previa 48 meses de trabalho.
A empresa Tishman Speyer, por sua vez, disse que cumpriu o compromisso dentro do prazo acordado – segundo ela, março deste ano.
Já outro muro, o de vidro que cobre a Raia Olímpica da USP, amanheceu nesta terça com mais 9 placas quebradas.
O muro foi inaugurado em abril e mais de 20 placas já quebraram. Não se sabe o que está provocando a quebra do vidro, e as investigações ainda não chegaram a nenhuma conclusão sobre o mistério.
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