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A caminho do 200º GP, Pérez é aluno na RBR e professor de Tsunoda

Os dez anos de carreira de Sergio Pérez na Fórmula 1 tem sido uma verdadeira aventura; de resultados expressivos em sua estreia pela modesta Sauber até o

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Redação Publicado em 01/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h14


Mexicano de 31 anos ajudou antiga equipe a escapar da falência em 2018 e quase ficou fora da F1 em 2021, mas conseguiu nova oportunidade com atual líder do campeonato de construtores

Os dez anos de carreira de Sergio Pérez na Fórmula 1 tem sido uma verdadeira aventura; de resultados expressivos em sua estreia pela modesta Sauber até o fracasso na McLaren, passando pelo renascimento na Force India (hoje Aston Martin), pela qual quase se despediu da categoria antes de chegar na RBR. Hoje terceiro no campeonato de pilotos e prestes a completar 200 corridas no GP da Áustria, o mexicano reconheceu que atravessa uma adaptação difícil; mesmo assim, faz uso de sua experiência para ajudar o novato Yuki Tsunoda, da AlphaTauri.

– Você tende a esquecer o quanto da sua vida passou no esporte. Lembro-me de quando fiz 100 corridas e parecia um número muito grande. Mas a melhor parte é que ainda sou jovem e estou totalmente motivado. A mudança de equipe foi mais difícil do que o esperado. O fato de eu ter vindo para uma equipe tão diferente foi uma grande mudança, então demorei mais do que o esperado para chegar à velocidade. Claro, espero por mais, mas a temporada é longa – disse Pérez.

Pérez estreou na F1 em 2011, pela Sauber; no ano seguinte, chegou muito perto da vitória no GP da Malásia – mas o segundo lugar valeu o primeiro pódio da equipe -, conquistando outros dois posteriormente. O bom desempenho valeu uma oportunidade na McLaren em 2013, com a saída de Lewis Hamilton para a Mercedes, porém, ficou apenas em 11º no campeonato.

A chance da “volta por cima” veio em 2014, na Force India. Lá, permaneceu por sete temporadas e, em 2018, com uma ação judicial, impediu o fechamento da equipe, em crise financeira. Dois anos depois, conquistaria pelo time (como Racing Point) a primeira vitória de ambos, no GP de Sakhir, mas foi dispensado para dar lugar a Sebastian Vettel.

Sergio Pérez GP de Sakhir Racing Point F1 2020 — Foto: Mark Thompson/Getty Images

Sergio Pérez GP de Sakhir Racing Point F1 2020 — Foto: Mark Thompson/Getty Images

O próprio piloto reconhece que sua adaptação foi influenciada pelos extremos em sua carreira. Em seu início de temporada pela equipe austríaca, Pérez não alcançou o pódio e chegou a ficar fora da zona de pontuação no GP da Emilia-Romagna, segunda corrida de 2021. Porém, a primeira vitória veio na etapa seguinte, no Azerbaijão, antecedendo um terceiro lugar na França.

– É um mundo muito diferente do que eu estava acostumado. Talvez haja equipes que são parecidas com as outras, mas fui de um extremo para outro e acho que isso tornou as coisas um pouco mais difíceis. Mas estou chegando lá. Todos os finais de semana vemos uma melhora, e não vejo razão para não melhorar mais nas próximas cinco corridas. Estou feliz com minha progressão até agora, mas não é o suficiente, quero mais do que isso – completou.

Em uma temporada marcada pela boa fase da RBR, que voltou a liderar um campeonato de construtores após quase oito anos, Pérez ocupa o terceiro lugar no Mundial de Pilotos, atrás apenas do vice-líder Hamilton e do companheiro Max Verstappen. A vantagem sobre seu outro rival da Mercedes, Valtteri Bottas (na quinta colocação) é de 22 pontos.

Sergio Pérez, da RBR, e Yuki Tsunoda, da AlphaTauri, na coletiva de imprensa do GP de Mônaco — Foto: Sebastien Nogier - Pool/Getty Images

Sergio Pérez, da RBR, e Yuki Tsunoda, da AlphaTauri, na coletiva de imprensa do GP de Mônaco — Foto: Sebastien Nogier – Pool/Getty Images

Mentor

Por outro lado, quem não vive uma boa fase é o piloto da AlphaTauri Yuki Tsunoda. Em sua temporada de estreia, o japonês está seis posições atrás do companheiro Pierre Gasly no campeonato e tem cometido erros que o levaram a ser punido por atrapalhar Bottas na classificação da Estíria, e bater em três sábados em 2021.

O piloto de 21 anos mudou-se para perto da sede da equipe em Faenza, na Itália, para ser acompanhado de perto pelo time. Mas é de Pérez que o também membro da Academia de Pilotos da RBR tem recebido conselhos para superar o momento em baixa:

– Sergio me dá muitos conselhos, especialmente depois dos GPs de Mônaco e da França. Ele me mandou mensagens depois que tive um fim de semana muito ruim, conselhos e palavras positivas, o que me deixou mais motivado. Há quatro pilotos na RBR, temos um relacionamento muito bom e vou continuar me esforçando para melhorar e ser inspirado por eles.

Horários e infos do GP da Áustria — Foto: Infoesporte

Horários e infos do GP da Áustria — Foto: Infoesporte

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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