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SP: paciente com câncer há 13 anos é curado após 1 mês em novo estudo

O publicitário se recuperou em um hospital público do Sistema Único de Saúde (SUS)

Paciente com câncer há 13 anos tem remissão completa em SP após 1 mês em novo estudo - Imagem: reprodução g1
Paciente com câncer há 13 anos tem remissão completa em SP após 1 mês em novo estudo - Imagem: reprodução g1

Vitória Tedeschi Publicado em 29/05/2023, às 15h05


Um paciente em tratamento de câncer há 13 anos teve remissão completa da doença em um mês após ser submetido a uma nova terapia celular em São Paulo. A técnica é considerada revolucionária no combate ao câncer e está sendo utilizada em poucos países.

Paulo Peregrino, um publicitário de 61 anos, foi um dos 14 pacientes tratados com o CAR-T Cell, um protocolo da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Instituto Butantan e o Hemocentro de Ribeirão Preto.

De acordo com o G1, até agora, 14 pacientes foram tratados com esse protocolo, com verbas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Todos os pacientes tratados tiveram remissão de ao menos 60% dos tumores.

Paulo se recuperou em um hospital público do Sistema Único de Saúde (SUS), que é o objetivo da iniciativa. O paciente começou o tratamento em abril, e em maio já teve remissão do linfoma.

Ele teve alta do Hospital das Clínicas no último domingo (28), após ficar internado no Centro de Terapia Celular. Paulo descobriu a doença em 2013 após ir ao hospital por conta de uma infecção.

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Exames mostram antes e depois de câncer de paciente; à direita, imagem mostra remissão da doença / Imagem: reprodução g1

Ao longo dos anos, o homem achou em pesquisas o tratamento CAR-T Cell e o médico Vanderson Rocha. Anos mais tarde, após as autorizações devidas e o tratamento feito, os dois celebraram a vitória. 

"Foi uma resposta muito rápida e com tanto tumor. Fico até emocionado [ao ver as duas ressonâncias de Paulo]. Fiquei muito surpreso de ver a resposta, porque a gente tem que esperar pelo menos um mês depois da infusão da célula. Quando a gente viu, todo mundo vibrou. Coloquei no grupo de professores titulares da USP e todo mundo impressionado de ver a resposta que ele teve", disse ao G1 Vanderson Rocha, professor de hematologia, hemoterapia e terapia celular da Faculdade de Medicina da USP, e coordenador nacional de terapia celular da rede D’Or. 

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