Menino com câncer raro tem 1 mês de vida e implora por ajuda na internet

Um menino de 9 anos luta há seis meses com um tipo de câncer raro, mas precisa de um tratamento novo e caro nos EUA.

Após receber o prognóstico de que o pequeno terá apenas mais 30 dias de vida, a família em desespero iniciou uma campanha comovente na internet para arrecadar recursos suficientes.

Jean Lucas Paes Leme Jubé sofre linfoma de Burkitt, uma doença agressiva que está interrompendo as funções de seu intestino, baço e bexiga.

Policial de 21 anos é arrebatado por facção criminosa no Guarujá

Atriz Samara Felippo revela que filha sofreu racismo na escola: "pedi expulsão das alunas"

Por conta desta complicação, os médicos alertaram aos pais que, sem o tratamento adequado, a criança pode não sobreviver mais do que 1 mês.

Diante da situação, a mãe de Jean, Dayanne Jubé Cardoso, iniciou uma vaquinha online para juntar a quantia de R$ 2 milhões, necessária para custear o tratamento.

"Pelo amor de Deus, nos ajudem a salvar o Jean, ele tem só um mês de vida se não fizer o tratamento", escreveu Dayanne Jubé Cardoso no texto criado para a campanha.

A iniciativa visa contemplar os custos da viagem e o tratamento de Jean nos EUA, onde existem clínicas que aplicam a terapia chamada CAR-T Cell.

Por definição, CAR-T Cell é a sigla que se refere ao receptor quimérico de antígeno. Ela é um tipo de imunoterapia que usa linfócitos T, células do sistema imunológico do organismo.

Com esse tratamento, é possível retirar, isolar e modificar geneticamente os linfócitos T para identificar células do câncer. Em seguida, eles são inseridos de volta no organismo do paciente, com força suficiente para eliminar as células cancerígenas.

A terapia depende do uso de células do sistema imunológico do paciente para tratar o câncer, mas ela começou a ser aplicada no Brasil recentemente.

"Nem sempre a vida tem um preço. Mas nesse caso tem, e custa R$ 2 milhões", declarou Dayanne.
Em seu relato, a mãe explicou que, para ajudar Jean, a família já colocou à venda o apartamento onde mora em Goiânia e também o único carro. "É o valor da vida de um menininho que tem somente 9 anos, e que luta bravamente há mais de 6 meses".

A descoberta

Jean vivia com os pais em Goiânia (GO), junto com seu irmão mais novo, de 5 anos. Em meados de março, ele começou a sentir fortes dores abdominais. Após a realização de exames, os médicos detectaram uma "massa" em sua barriga. Ele foi então transferido para o hospital de referência oncológica em Barretos, onde uma biópsia constatou a presença do câncer.

"Nossa maior provação dessa vida começou no dia 21 de março. Neste dia, meu filho acordou com vômito e dores abdominais. Ele foi internado e submetido a três tomografias, vários exames de sangue e uma ressonância. Dois dias após a realização desses procedimentos, recebemos o resultado. Algo que nem nos nossos piores pensamentos havia se passado", disse Dayanne.

Por conta do tratamento, a mãe e o menino precisaram ficar em Barretos, em uma quitinete alugada. Enquanto que pai e seu irmão mais novo permaneceram em Goiânia.

"Aos domingos eles sempre retornam a Goiânia. O coração aperta, nossa família se despede, se reparte em busca do esforço, do trabalho, dos recursos para que a saúde do Jean se restabeleça e a vida do nosso pequeno volte ao normal", explicou a mãe.

Quando foi encaminhado ao hospital de referência, Jean passou por uma cirurgia delicada para desobstrução do intestino e colher biópsia. Desde então, ele tem dificuldades de evacuar e também não conseguia se alimentar. "Foram dias nesse sofrimento", lamentou Dayanne.

O menino também passou a usar uma bolsa de colostomia e cateter e, consequentemente, perdeu 20 quilos. Mas depois de seis meses de tratamento, a família e os médicos concluíram que não há chance de cura para Jean no Brasil, pois a quimioterapia e as cirurgias não tiveram efeito contra a doença, que até o momento não regrediu.

Desse modo, sua única esperança é conseguir arrecadar dinheiro suficiente para embarcar para os EUA, onde conseguirá receber a terapia.

Repercussão

A família criou campanhas de arrecadação nos sites Vaquinha, GoFundMe e também via pix. Com esse esforço, foi alcançada a faixa de R$ 1,85 milhão rapidamente, o que alimentou as esperanças de Jean e sua família.

O menino também possui um perfil no Instagram, onde vem contando com apoio de atletas, influencers e artistas para chegar a meta dos R$ 2 milhões.

Até o momento, ele recebeu ajuda do cantor Zé Felipe, o ex-jogador Falcão e a dupla sertaneja Jorge e Mateus, que divulgaram a história dramática em seus perfis. Até o jornalista Leo Dias publicou o caso em suas redes sociais.