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Saúde feminina

Perfume íntimo de Anitta traz dúvidas: em quais casos o uso não é recomendado?

Fórmula do produto foi aprovada pela Anvisa, mas especialistas têm receios quanto à aplicação em partes íntimas

Cantora divulgou linha de cosméticos na quinta-feira (28) - Imagem: Reprodução Instagram @anitta
Cantora divulgou linha de cosméticos na quinta-feira (28) - Imagem: Reprodução Instagram @anitta

Mateus Omena Publicado em 01/08/2022, às 19h08


A cantora Anitta, 29, deixou muitas pessoas de queixo caído na última quinta-feira (28) com o lançamento do “Puzzy by Anitta”, um perfume íntimo voltado para regiões como vagina e pênis. No entanto, especialistas apontam que o uso de cosméticos nessas partes do corpo não é seguro.

De acordo com os representantes do negócio, a comercialização da fórmula do produto foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de ter sido aprovada em testes feitos por ginecologistas e dermatologistas.

Anitta
Cantora divulgou sua linha de perfumes nas redes sociais. Imagem: Reprodução Twitter @Anitta

Mesmo assim, existem muitas dúvidas sobre a segurança no uso não apenas do “Puzzy by Anitta”, mas também de diversos desodorantes e cosméticos para partes íntimas.

Cautela no uso de cosméticos nas partes íntimas

De acordo com o site do Dr. Jairo Bouer, existem certos cuidados que os consumidores precisam ter antes de aplicar perfumes íntimos.

Muitos profissionais de saúde desaconselham essa prática, pois ela pode causar reação alérgica nos consumidores. Isso pode acontecer devido à sensibilidade da vagina, já que alguns produtos podem alterar a microbiota e o pH da região, deixando-a mais suscetível a corrimentos e a alergias.

Por outro lado, caso uma mulher esteja incomodada com um possível “mau cheiro” nessa região do corpo, o problema pode estar associado a alguma infecção. O uso do desodorante pode apenas esconder os sintomas, mas não é a solução.

Especialistas recomendam o uso do desodorante na parte externa, como a virilha.

Odores de uma vagina

Segundo o Dr. Jairo Bouer, cada mulher tem um cheiro diferente em sua vagina, por isso não é tão simples determinar se o órgão está saudável ou não.

Nesse caso, o aconselhável é que as mulheres conheçam o seu cheiro “normal”, para quando surgir um novo odor, elas possam identificar a mudança na parte íntima.

Devido a sua sensibilidade, a vagina pode ser afetada por mudanças no ambiente, e isso pode ser notado não apenas no cheiro, como também na secreção e sua consistência.

No caso de uma infecção vaginal, a mulher pode sentir coceira, queimação, inchaço vulvar, assim como uma mudança de odor.

Se um cheiro for muito forte e desagradável para a mulher, o problema pode estar ligado à presença da vaginose bacteriana e tricomoníase de Infecção Sexualmente Transmitida (IST). Em caso de suspeita, a paciente deve procurar ajuda médica e o tratamento mais adequado para o seu sintoma.

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