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Mesmo com apagão de dados, indicadores apontam alta da Covid em SP; governo do estado diz que divulgação começa a normalizar

Mesmo com o apagão de dados de casos e mortes por Covid-19 nas últimas semanas, outros indicadores apontam que a contaminação pela doença voltou a aumentar no

Mesmo com apagão de dados, indicadores apontam alta da Covid em SP; governo do estado diz que divulgação começa a normalizar
Mesmo com apagão de dados, indicadores apontam alta da Covid em SP; governo do estado diz que divulgação começa a normalizar

Redação Publicado em 05/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h54


Mesmo com o apagão de dados de casos e mortes por Covid-19 nas últimas semanas, outros indicadores apontam que a contaminação pela doença voltou a aumentar no estado de São Paulo. Internações, filas em postos de saúde e hospitais e testes positivos de Covid em farmácias cresceram nos últimos dias.

Desde que o Ministério da Saúde afirmou ter sofrido um ataque hacker em dezembro, estados enfrentaram dificuldades para extrair as informações sobre a doença dos sistemas oficiais. Nesta terça-feira (4), o governo de São Paulo afirmou que a extração dos dados começou a ser normalizada. No entanto, especialistas afirmam que as informações represadas durante o período de instabilidade podem não ter sido divulgadas completamente. Para eles, os governos ainda estão em um “voo cego” no acompanhamento dos dados de Covid-19.

Enquanto o acompanhamento da tendência da pandemia por estes índices segue prejudicado, o aumento das internações e crescimento do fluxo de pessoas com sintomas gripais nos postos de saúde indica recrudescimento da doença. Na capital paulista, também há relatos de dificuldade para realização de testes nas farmácias.

A média diária de novas internações por suspeita ou confirmação de Covid-19 em enfermaria e UTI quase dobrou em um mês, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde computados pelo Censo Hospitalar. Na segunda-feira (3), foram 561 novas internações, contra 290 no dia 1º de dezembro de 2021. Embora seja menor do que os dos piores momentos da pandemia, o número já se aproxima do verificado em setembro de 2021.

A média do total de internados em UTI voltou a crescer no estado em dezembro após 6 meses de queda ininterrupta. Nesta terça-feira (4), 1.120 pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19 ocupam leitos de UTI no estado.

A média de pacientes internados em UTI havia caído mês a mês ao longo do segundo semestre deste ano. Em junho, havia 11 mil internados nessas unidades. O número passou para 3 mil em agosto, então para 1.600 em outubro, e 1.000 em novembro. Mas, segundo dados da Fundação Seade, desde o dia 22 de dezembro o índice voltou a crescer.

Os especialistas alertaram que, como o dado oficial considera pacientes internados em leitos de enfermaria ou UTI com suspeita ou confirmação de Covid-19, é possível que uma parte deles estejam com o vírus da gripe (Influenza) e sejam contabilizados na estatística de novas internações por coronavírus.

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G1

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