O Instituto Butantan, na Zona Oeste de São Paulo, vai construir uma fábrica exclusiva para a produção de soros. A obra, que vai custar R$ 34,5 milhões, deve
Redação Publicado em 21/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h43
O Instituto Butantan, na Zona Oeste de São Paulo, vai construir uma fábrica exclusiva para a produção de soros. A obra, que vai custar R$ 34,5 milhões, deve ficar pronta até o fim do primeiro semestre de 2023.
Atualmente, o instituto, que é ligado ao governo de São Paulo, é o único produtor de soros no país com certificação. Eles são desenvolvidos para combater venenos ou amenizar sintomas de doenças.
O Centro Avançado de Produção de Soros vai permitir que todas as etapas da produção industrial sejam feitas em um único lugar, aumentando a capacidade produtiva. O soro anticovid, que aguarda a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o início dos testes clínicos em humanos, também será produzido no local posteriormente.
“A fábrica está sendo projetada para atender o aumento da capacidade produtiva. E termos dentro de uma mesma planta as mesmas etapas da produção do insumo tornará o processo mais ágil”, afirmou a infectologista Fan Hui Wen, gerente do Núcleo de Produção de Soros.
Além disso, com a fábrica pronta será possível introduzir a liofilização, ou seja, transformar o imunizante líquido em pó após um processo de desidratação que mantém as propriedades neutralizantes dos soros mesmo sem refrigeração. A transformação do produto deve ser feita nos 12 soros contra toxinas de animais peçonhentos e microrganismos fabricados atualmente pelo instituto.
“A nova planta terá um equipamento que vai nos permitir produzir soro na forma liofilizada, porque hoje os soros são produzidos de forma líquida. Com o processo de liofilização, o soro será transformado em pó. A vantagem é que ele poderá ser mantido em temperatura ambiente, o que torna o transporte dele mais fácil e, provavelmente, vai alcançar regiões em que o soro não chega por causa dessa limitação de temperatura”, disse a gerente de soros do Butantan.
Apesar do processo de liofilização ser antigo e usado desde a época da penicilina, a transformação do soro em pó não é tão simples, exigindo o uso de equipamentos caros e fórmulas precisas.
Além do envio do soro em pó para regiões mais periféricas do país, longe das capitais, a liofilização vai permitir que o Butantan comercialize os soros no exterior, principalmente no continente africano, onde há uma grande demanda de antígenos.
Testes de soro antiCovid do Instituto Butantan — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
A fábrica vai funcionar em um prédio dentro do próprio complexo do Butantan. O prédio projetado terá um espaço de 6,6 mil m² e cinco andares que irão processar desde o plasma do soro até o envasamento dos frascos.
O Butantan produz cerca de 500 mil frascos de soro por ano e os repassa ao Ministério da Saúde, que realiza a distribuição para estados e municípios. A estimativa é dobrar a produção com a nova fábrica.
Fachada do Instituto Butantan, na Zona Oeste de São Paulo — Foto: Marcos Santos/USP Imagens
A renovação do parque industrial tem como objetivo tornar o Butantan um dos maiores produtores de imunobiológicos do mundo.
Os soros são produzidos através da imunização dos cavalos com antígenos produzidos a partir de venenos, toxinas bacterianas ou vírus. Em seguida, é retirado o plasma dos animais (a parte líquida do sangue) e feita a purificação. O processo é finalizado após a separação dos anticorpos e com o envase do produto.
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G1
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