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Ignorada

Contra expectativas, vacina bivalente da Covid-19 acumula em estoques nos postos de saúde

A falta de procura pelo imunizante surpreendeu o governo e especialistas

Contra expectativas, vacina bivalente da Covid-19 acumula em estoques nos postos de saúde - Imagem: Ricardo Stuckert / PR
Contra expectativas, vacina bivalente da Covid-19 acumula em estoques nos postos de saúde - Imagem: Ricardo Stuckert / PR

Nathalia Jesus Publicado em 22/04/2023, às 10h11


Depois de quase dois meses do início da campanha de imunização contra a Covid-19 com a vacina bivalente, o governo e especialistas estão surpreendidos com a falta de procura por grupos de maior risco no país.

Apenas 17,6% do público foi até os postos para se vacinar. Até o último dia útil (quinta-feira, dia 20), somente 9,7 milhões de doses foram aplicadas de um público-alvo de estimado em 55 milhões de pessoas.

A meta do governo federal é alcançar 90% do público-alvo até o fim da campanha. Depois de um atraso significativo em relação a outros países, o Brasil iniciou a vacinação bivalente em 27 de fevereiro.

A baixa adesão da vacina deixou um ar de frustração no governo, que havia colocado o tema como uma das prioridades dos 100 primeiros dias, segundo informações do UOL.

Quem pode tomar a bivalente?

  • Idosos de 60 anos ou mais de idade;
  • Funcionários ou pessoas que vivem em instituições de longa permanência;
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
  • Gestantes e puérperas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Presos, adolescentes em medidas socioeducativas e funcionários do sistema prisional.

Somente nesse anos, ao menos 4,7 mil pessoas morreram no Brasil vítimas da Covid-19. A média gira em torno de 43 mortes por dia, de acordo com dados dos cartórios de registro civil. Mais de 80% dos óbitos são de pessoas com mais de 60 anos.

O Ministério da Saúde disse que irá estabelecer uma maior campanha de conscientização do público-alvo sobre a importância da vacinação para convencer a respeito da segurança e confiabilidade do imunizante.

"A gente vai lançar em breve uma ação de multivacinação. Temos problemas também em vacinas da rotina, e muitas crianças estão desprotegidas. A vacina contra covid estará nessa ação", afirmou Éder Gatti, diretor do Departamento de Imunizações de Ministério da Saúde.

A vacina bivalente da Pfizer faz parte de uma nova geração de imunizantes que, além de proteger a pessoa do vírus original, também pode deixar ela imune às subvariantes como a ômicron - principal tipo do vírus que circula atualmente.

Para receber o imunizante, é preciso ter completado o esquema primário com as doses únicas e respeitar um prazo mínimo de quatro meses desde a última dose recebida.

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