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DENGUE

Casos graves de dengue podem causar complicações no fígado; entenda

Após atingir a corrente sanguínea, o vírus da dengue se multiplica e atinge diversos órgãos

Após atingir a corrente sanguínea, o vírus da dengue se multiplica e atinge diversos órgãos - Imagem: Reprodução/Freepik
Após atingir a corrente sanguínea, o vírus da dengue se multiplica e atinge diversos órgãos - Imagem: Reprodução/Freepik

Ana Rodrigues Publicado em 16/02/2024, às 09h32


Após declarar uma situação de emergência em saúde público por conta de uma explosão de casos de dengue, o governo do Distrito Federal alertou que casos graves da doença podem levar a quadros como hepatite e até mesmo insuficiência renal.

De acordo com a Metrópoles, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, a gravidade - no caso específico da dengue -, decorre de uma inflamação causada nos órgãos e da forma como o vírus atua no organismo.

Ele penetra na corrente sanguínea, multiplica-se em diversos órgãos, e substâncias nocivas são formadas no organismo humano", explicou a secretaria, em nota.

A Secretaria de Saúde ainda fez um alerta:

Após a picada, o vírus se multiplica em órgãos como baço, fígado e tecido linfático durante quatro a sete dias – período denominado incubação. A fase seguinte – viremia – dura cerca de seis dias e é marcada por febre. Nesta fase, o vírus continua a se multiplicar e os sintomas mais comuns surgem".

Ainda segundo a pasta, o vírus da dengue provoca uma alteração na permeabilidade dos vasos sanguíneos, provocando a perda de líquido denominado plasma, que deveria estar dentro dos vasos e acaba indo para o interior de cavidades como abdômen, tórax e tecido subcutâneo. Devido a isso, o paciente fica desidratado.

A secretaria alertou para quadros de diminuição das plaquetas, já que o vírus atinge a medula óssea.

São as quedas muito expressivas das plaquetas que ocasionam o sangramento, sinal de alarme que deve ser tratado com ajuda médica", destacou a pasta, ao citar possíveis danos no fígado, no baço e nos rins, além de alterações neurológicas.

Geralmente, a dengue se manifesta por meio de sintomas como febre, dor de cabeça (atrás dos olhos), dores no corpo, fadiga, fraqueza, manchas, erupções e coceiras na pele.

Não há medicamento específico para a dengue. A febre pode ser controlada com o uso de paracetamol ou da dipirona. O AAS (ácido acetilsalicílico) e os anti-inflamatórios são contraindicados. Quando a doença se apresenta com sinais de alarme, os sintomas são: dores fortes na barriga; vômitos persistentes; sangramentos no nariz, boca ou fezes; tonturas e muito cansaço. Nestes casos, a ajuda médica deve ser procurada imediatamente, especialmente para evitar possíveis sequelas", destacou a secretaria.

Ainda segundo a pasta, em casos graves, é possível que o paciente desenvolva sequelas, principalmente relacionadas ao dano que a doença pode provocar nos órgãos, sendo elas a hepatite (inflamação no fígado) e insuficiência renal crônica.

Ao primeiro sinal de sintomas, a pessoa com suspeita de dengue deve buscar a unidade básica de saúde (UBS) de referência. As estruturas desses espaços foram adaptadas para realizar hidratação venosa, se necessário. Caso haja sinais mais graves, os pacientes serão encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPA) ou aos hospitais regionais", finalizou a pasta.
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