O Ministério da Saúde anunciou na noite desta quarta-feira (15) que vai manter a recomendação de intervalo de 12 semanas para aplicação da segunda dose da
Redação Publicado em 16/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h56
O Ministério da Saúde anunciou na noite desta quarta-feira (15) que vai manter a recomendação de intervalo de 12 semanas para aplicação da segunda dose da vacina AstraZeneca. A previsão era a adoção de 8 semanas.
Mais cedo, em evento em São Paulo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que há “excesso de vacinas” no país. Na segunda-feira (13), Queiroga defendeu que a campanha de vacinação no Brasil é um “sucesso” e que a reclamação por falta de doses é “narrativa”. Ao menos seis estados estão com falta de imunizante para a segunda dose.
Ao menos desde julho estados já autorizaram prefeituras a reduzir o intervalo entre as doses da AstraZeneca por causa da preocupação com a variante delta do coronavírus. No começo daquele mês, estudo na revista científica Nature apontou que uma única dose das vacinas Pfizer ou AstraZeneca era pouco eficiente contra as variantes, mas que duas doses são capazes de neutralizá-las.
Em bula, o fabricante prevê a possibilidade de adoção de um período de quatro a 12 semanas entre as doses.
Em 25 de agosto, o governo federal anunciou que o intervalo entre as doses da Pfizer e da AstraZeneca seria reduzido a partir de setembro: passaria de 12 semanas para 8 semanas. À época, o ministério não detalhou como seria feita essa antecipação e disse que uma nova orientação sobre as recomendações seria enviada aos gestores.
Na mesma ocasião, a pasta indicou que a dose de reforço começaria a ser aplicada em setembro para idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos. Não houve mudanças nesta determinação por parte do ministério.
Desde o começo de setembro, estados relatam desabastecimento do imunizante da AstraZeneca, preparado no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O motivo da falta de doses disponíveis está associado ao atraso na entrega do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), componente utilizado para produzir a vacina. O composto é importado da China.
Devido a esse atraso, a fundação anunciou em 3 de setembro que ficaria duas semanas sem entregar novas remessas ao Ministério da Saúde. A previsão da Fundação é entregar, ainda em setembro, 15 milhões de doses.
Pela previsão inicial, a fundação já deveria estar fabricando vacinas com IFA 100% brasileiro, mas ainda não conseguiu colocar isso em prática. A previsão original era julho, foi adiada para outubroe agora se fala em novembro ou dezembro. Até lá, o laboratório de Bio-Manguinhos depende do IFA chinês para continuar a produção.
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G1
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