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Diversidade

Mulheres exercem apenas 33% das funções de alto escalão no governo federal

A participação das que se declaram pretas e pardas ainda é mais preocupante

Mulheres exercem apenas 33% das funções de alto escalão no governo federal - Imagem: Agência Brasil
Mulheres exercem apenas 33% das funções de alto escalão no governo federal - Imagem: Agência Brasil

Nathalia Jesus Publicado em 08/03/2023, às 08h52


Apesar de represetarem 45% da força de trabalho do governo federal como um todo, as mulheres ocupam ainda 33% dos cargos de alto escalão, que dizem respeito à secretarias, diretorias e ministérios.

Das ocupações do alto escalão que são comandadas por mulheres, apenas 9% dessas se declaram pretas ou pardas. Quando são incluídas lideranças de baixo escalão, como gerentes e coordenaras, esse percentual pode subir para 12%.

No caso de homens que se declaram pretos ou pardos, a participação é de 20% considerando todos os níveis de liderança.

Os dados apresentados são do Observatório de Pessoal, que será lançado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços na semana que vem, e foram compilados pela Folha de S. Paulo. O estudo tem como objetivo recolher e analisar dados sobre a administração federal.

A pesquisa também identificou que a presença de mulheres em cargos de alto escalão subiu de 26%, no início do governo de Jair Bolsonaro (PL), para 33% nos primeiros dois meses de trabalho do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Porém, mesmo com o aumento nas ocupações de alta chefia, no quadro geral, que inclui todo o universo de servidores, a presença feminina sofreu uma leve queda. Em fevereiro de 2019, as mulheres ocupavam 46% dos cargos disponíveis na administração federal. Já em fevereiro de 2023, o percentual caiu para 45%.

O estudo apontou que, entre aquelas mulheres que ocupam uma função de liderança, apenas 38% têm filhos menores de idade. Quando falamos que homens na mesma situação, o índice sobe para 66%. Há também uma diferença entre homens casados, que correspondem a 68%, e mulheres casadas, que são 51%.

A expectativa do governo federal é de que o percentual da participação feminina na administração aumente nos próximos meses, principalmente por conta das nomeações realizadas nas últimas semanas.

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