Diário de São Paulo
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Ministro da Defesa faz afirmação duvidosa sobre as acusações que vem enfrentando

Defesa nega viés ideológico e participação política das Forças Armadas

José Múcio Monteiro Filho. - Imagem: Divulgação / Roque de Sá / Agência Senado
José Múcio Monteiro Filho. - Imagem: Divulgação / Roque de Sá / Agência Senado

Marina Roveda Publicado em 05/05/2023, às 09h06


O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, acompanhado dos comandantes das Forças Armadas, participou de uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) nesta quinta-feira (4). Durante a audiência, o ministro negou que os militares brasileiros se conduzam por viés ideológico e participem da política. Ele respondeu a questionamentos dos senadores sobre projetos e perspectivas da pasta, em especial sobre a preocupação com a defesa cibernética, visto que o Brasil foi o segundo país que mais recebeu ataques em 2022.

O ministro destacou a atuação das Forças Armadas nos últimos episódios, afirmando que elas desempenham hoje o papel desejado pela sociedade brasileira. Ele apresentou um projeto ao governo onde a questão militar e política seria absolutamente separada, com todo o respeito às duas atividades. Segundo o ministro, em momento algum as Forças Armadas têm participado de política, e têm tido uma atuação conjunta, permanente e dedicada com todos os comandantes, o Estado Maior e os três comandantes, para que suas atividades sejam voltadas para dentro das Forças.

O ministro pediu ajuda aos senadores para o aumento dos investimentos na área de defesa nacional, e defendeu a vinculação do orçamento para a defesa ao produto interno bruto (PIB). Atualmente, os recursos da pasta são de 1,1% do PIB, mas não há vinculação. O governo já sinalizou para que o ministério apresente proposta de crescimento gradativo dos recursos com relação ao PIB, de forma que alcance aos poucos o mínimo de 2%, percentual recomendado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

O ministro destacou a importância da produção e aquisição de produtos, como aviões e submarinos, para o desenvolvimento da sociedade, e salientou que esse tipo de compra e venda sempre passa pela diplomacia brasileira. Ele também defendeu o fomento da indústria nacional de defesa.

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